Ritmo Vol.1 - Você é o Ritmo do meu coração

04 - O batimento cardíaco irregular

- Confiscado!

Peguei o perfume do quarto do meu pai e gritei como se estivesse anunciando para o mundo inteiro. Papai apenas franziu as sobrancelhas levemente, mas não disse nada, já que ele quase nunca usava o perfume. Você poderia dizer pelo fato de que o frasco não havia diminuído nada desde que ele o comprou em Hong Kong, dois anos atrás.

Meu coração batia forte quando olhei para o frasco azul escuro, relembrando o tempo que passei sozinho com a professora Renu. O momento em que seu rosto fofo se inclinou e nossos narizes se roçaram ainda estava vívido em minha mente, e eu sabia que não esqueceria facilmente. Ela deve realmente gostar desse perfume, e decidi que o usaria todos os dias.

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E eu fiz exatamente isso. No dia seguinte, borrifei a quantidade certa antes de ir para a escola. On-an, meu amigo sarcástico, cheirou o ar e então mostrou os dentes.

- Qual é o seu humor, borrifando perfume? Isso é colônia masculina

- Estou de bom humor... Ah, espere um segundo. Profer Renu! - Corri alegremente em direção à professora que estava indo para a área do mastro. Assim que me aproximei dela, a leve irregularidade em seu batimento cardíaco fez meu próprio coração inchar ainda mais.

- Você está de bom humor hoje. Algo especial?

- Não, não realmente.

Eu só queria dizer oi por hábito

Eu só queria mostrar que estava usando esse perfume de novo... Mas, bem, nenhuma das minhas razões poderia ser colocada em palavras, então eu apenas inventei algo.

- Na verdade, tentei resolver alguns problemas de matemática ontem à noite, mas não consegui. Você pode me ajudar com eles?

Um leve sorriso adornava seu rosto bonito, e seus olhos castanhos claros olhavam para mim com uma gentileza cúmplice. Ela apenas assentiu.

- Claro.

- Eu me sinto mal por incomodar você.

- É assim que se sente mal?

"..."

- Você é adorável.

Ela disse com carinho, dando tapinhas leves nas minhas costas.

- Vá para a fila.

- Sim, senhora.

Eu nunca gostei de vir para a escola. Nunca achei divertido ou emocionante ver amigos porque não gostava de lugares lotados. Eles me faziam sentir sobrecarregada, tendo que ouvir sobre a vida de todos quando eu realmente não me importava.

Mas agora eu tinha um motivo para vir. Fiquei um pouco triste por estar no meu último ano e não conseguir vê-la por muito tempo como os alunos mais novos.

Então, eu tinha que aproveitar ao máximo esse tempo.

Como ela dava aulas de matemática, eu tinha que ser ruim para ficar perto dela o máximo possível.

Mas como todos sabiam, ela não era popular apenas comigo. Ela também era admirada por muitos alunos homens e alguns professores. Uma vez, ouvi um jovem professor estagiário planejando levá-la para casa, e tive que intervir dizendo...

- Vamos para casa juntas.

Posicionei-me no departamento de matemática no segundo andar do Prédio 6 às quatro da tarde, oferecendo-me para acompanhá-la. A professora Renu sempre ficava até tarde para terminar algum trabalho. Ela olhou para mim com uma leve surpresa.