Confissão

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O vento atravessa as janelas do carro, fazendo com que meus cabelos se tornassem desajeitados devido a sua leveza

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O vento atravessa as janelas do carro, fazendo com que meus cabelos se tornassem desajeitados devido a sua leveza.

Sinto o olhar de Damian me queimando enquanto continuo focada na paisagem fora do carro.

— Não deveríamos sair da Universidade assim, temos ensaio a tarde. — digo, saindo do transe que meus pensamentos me causou.

— Está tão preocupada assim, por quê? — diz, enquanto volta sua atenção para a estrada a frente.

— Porque eu não sou como você, Damian. Minha condição financeira é bastante diferente da sua. — digo, amarga.

— Se dinheiro for o problema que está roubando seu tempo comigo, não se preocupe. — diz, olhando para mim de soslaio.

— Como assim roubando o meu tempo com você? — digo, com confusão exalando por minha voz.

— Esqueça — diz, tornando sua atenção totalmente a estrada.

— Para onde estamos indo?

— Você verá.

— Quero voltar, não acho que tenha sido uma boa ideia termos saído da Universidade. — digo, agora olhando exatamente em sua face.

— Zoe, só por hoje, seja menos chata — diz, bufando.

— Eu não sou chata, eu apenas disse que quero voltar. — digo, ofendida.

Damian apenas revira os olhos e continua a dirigir.

Por que ele nunca me escuta?!.

— Você nunca me escuta! Eu quero que volte. — exclamo para ele.

— Vamos fazer nosso passeio, você querendo ou não, está precisando relaxar. — diz, pouco se importando com meus pedidos.

— Eu não quero mais! Me leve de volta. — digo, exigente.

Damian respira fundo, parecendo estar tentando se controlar.

Olho para a janela e percebo estarmos entrando naquela mesma área de vegetação verde e só de olhar ao redor sinto um frio percorrer por minha espinha.

— Só não tenta se matar dessa vez. — diz, sem humor na voz.

— Por que estamos aqui? Eu não quero mais ficar neste lugar, Damian! — exclamo.

Ele sai do carro batendo as portas, sem dar atenção ao que eu disse.

Filho de uma mãe, insuportável!

— Eu não vou sair daqui! — digo, cruzando meus braços.

Assusto-me quando a porta se abre e sou brutalmente jogada para fora do carro.

Sinto Damian me colocar em seu colo, a raiva se instalando em meu corpo aos poucos.

— Por que você sempre é tão bruto? — exclamo enquanto soco seu peitoral.

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