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Eu quebrei seu coração tão descuidadamente. Mas fiz dos pedaços parte de mim. E agora dói o que nos tornamos, porque você me ensinou como amar. — Sorry .

Lyan Ashford

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Lyan Ashford

O wi-fi caiu e todas as luzes se apagaram antes mesmo do seu perfil carregar por completo na pequena telinha em minha mão direita.

Olhei ao redor, tentando entender o que estava acontecendo. As ruas estavam mergulhadas em escuridão, e a única luz vinha das lanternas dos celulares de algumas pessoas do lado de fora. 

O som da festa na fraternidade, que antes era uma cacofonia animada, havia se silenciado, mas as vozes das pessoas ainda podiam ser ouvidas, embora parecessem mais baixas e distantes. 

O caos das celebrações parecia ter diminuído, e a atmosfera se tornava cada vez mais estranha.

Liguei a lanterna do meu celular — que, por sinal, estava quase descarregando — e comecei a procurar algumas velas pelo armário da cozinha. 

Minhas mãos tremiam um pouco, e eu tentava acalmar minha mente ao pensar que, por enquanto, apenas a energia havia falhado. 

Foi quando a campainha tocou e olhei para frente, assustada.

Eu não tinha medo de escuro, mas odiava a possibilidade de não enxergar nada. Assim como também odiava a possibilidade de alguém estar querendo falar comigo justamente agora.

Olhando em direção onde as batidas vinham, lentas e fracas, não disse nada. Se mamãe soubesse que eu cogitava a possibilidade de abrir a porta para um estranho, iria me matar apenas com a força do pensamento.

Além disso, eu não era louca.

E se fosse um assassino? 

Nunca se sabe.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, até escutar mais batidas.

Foi quando decidi que, talvez, não fosse tão perigoso abrir a porta.

— O pessoal da fraternidade deve estar do lado de fora — sussurrei, baixinho. — Na pior das hipóteses, eu começo a gritar e chamo a polícia.

Não que isso aliviasse meu incômodo, pensei.

Caminhei lentamente até a porta. O flash do celular ainda ligado, numa tentativa de diminuir minha aflição e insegurança.Segurei a maçaneta ao parar em frente daquele escudo de madeira e contei até três, abrindo a mesma. Havia um garoto de capuz parado em frente à porta. Ele mexia em seu celular tranquilamente e, ao notar minha presença, elevou seu olhar e me encarou.

Era você.

E por que diabos, era você?

— Você... — falou, tirando o capuz, mas parou ao me reconhecer.

O flash iluminou seu rosto brevemente, e você pôs a mão sob os olhos para diminuir o incômodo óbvio da luz repentina em contraposição àquela escuridão.

— O que está fazendo aqui? — perguntei, nitidamente surpresa.

I did not want to get close to youWhere stories live. Discover now