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Em um labirinto da minha expectativa, eu me sinto tão longe. Segurando nesses espaços vazios enquanto tento encontrar meu caminho... Eu estou em outro lugar.

 Eu estou em outro lugar

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Lyan Ashford

— Uma festa? — indaguei, bebendo meu milkshake tranquilamente.

— Sim — confirmou Ely. — Amanhã às oito.

— Fomos convidadas?

— Pode-se dizer que sim.

— Como assim?

— Todos da faculdade foram convidados. É livre. Entra quem quiser.

Por algum motivo, eu não conseguia assimilar as informações que Ely estava me contando.

Uma festa. Uma festa sem motivo algum em plena quarta-feira da semana.

— Onde será? — perguntei, olhando para o lado de fora da lanchonete.

Algumas pessoas passavam calmamente, assim como alguns carros, e o vento parecia forte, uma vez que as poucas árvores se movimentavam com estabilidade.

Depois do incidente com o sanduíche vencido, que na verdade não estava vencido, esse era sua aparência original por ser de atum, passamos a vir aqui com mais frequência.

Na verdade, a lanchonete era quase como um "lugar secreto", embora essa não fosse a verdade.

— Em uma fraternidade — respondeu Ely.

No mesmo segundo, lembrei-me de você, Ezra.

Fraternidade. E se por acaso fosse a sua fraternidade? A mera possibilidade me deixava extremamente nervosa.

— Pensei que talvez fosse divertido nós irmos. Vivemos sempre a mesma coisa e só saímos para cinemas ou para vir aqui. Nossa vida é muito mais que isso, sabe, Lyan. Uma oportunidade dessas não nasce do nada — continuou Ely.

— A oportunidade de ficar bêbada?

— Isso! — concordou ela animada, o que me fez sorrir. — Vamos? Será divertido!

— Não sei não...

— Por favor, por mim. E por você mesma — Ely fez beicinho. — É apenas uma festa. Se for ruim, prometo, vamos embora.

Bebendo goles absurdos do milkshake, recordei-me de mamãe.

Não ir à festa parecia o correto a fazer, mas isso também não significava que eu não estava aproveitando minha vida corretamente? Porque era assim que eu me sentia às vezes, embora negasse com o pensamento de que era tudo um investimento para o meu futuro.

As horas gastas, o afastamento do mundo, nunca ter ido a uma festa...

Mas e o meu presente? E os sentimentos que eu estava sentindo agora?

Eu nunca havia pensado dessa forma. E talvez esse tivesse sido meu maior medo. O receio. O medo de fracassar. A insegurança. E isso era horrível.

— Tudo bem — acenei, finalmente me rendendo. — Mas você prometeu, se estiver ruim, nós vamos para casa.

— Sim, senhora! — Ely concordou, imitando um soldado. Revirei os olhos.

Definitivamente era divertido ter uma pessoa como ela do meu lado.

Por que então eu não conseguia fazer outras amizades que somassem conosco? Por que parecia tão difícil socializar com outras pessoas?

— Olha — Ely murmurou de repente, fazendo-me olhar em sua direção.

— O quê? — indaguei, sem me importar muito.

— O veterano está aqui.

I did not want to get close to youWhere stories live. Discover now