Anastácia♠︎♡♠︎
Desde muito nova aprendi que eu deveria ser gentil. Sorrir para as pessoas, era bom, era o que garotas como eu faziam. E quem era eu? Na verdade nunca saberei, todos os dias pareço ser além do que sou de fato.
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Treino meu melhor sorriso. Hoje é o dia teste para meu novo emprego. Sim olhando de longe...as pessoas acham a profissão tediante mas eu adoro. Elas só acham isso porque tiveram professores ruins.
– Anastácia Mavick? - o homem chama dentro da sala.
Me coloco de pé, passo os dedos pelo tecido preto da saia que pega abaixo do joelho. Limpando exatamente...nada. Uma mania irritante erdada de geração.
– senhor. - entro na sala que cheira a gente rica.
Aperto a alça da bolsa.
– nossa escola é um instituto sério. Nossos alunos são os melhores, sendo assim...aconselho que não...os irrite logo de cara. Professora. - essa palavra.
Eu esperei tanto tempo para ouvi-la.
Fabrício é o direitor da escola de tempo integral Gonçalves. Eu aparentemente sou...sua mais nova funcionária. Legal.– sim...senhor. - sorrio levemente.
– sua turma é o 5°b 6°c e o 7°a. Aulas de turno matutino deve obrigatoriamente
ter pelo menos uma vez na semana ser ao ar livre. Isso é um problema? - ele me encara.– não senhor. Eu acho bem importante ser aulas dinâmicas. - ele sorri gostando da resposta.
O homem parece ter seus 50 anos. Cabelos grisalhos. E é pequeno.
– Nossa escola presa muito pelo ensino de várias línguas. Incluem inglês original, italiano, francês e espanhol.
– parabéns senhor. - sei que pareço baba ovo...mas veja...se fosse você conquistando o cargo dos seus sonhos também faria isso.
– vou te apresentar o lugar. - ele acena com as mãos e caminhamos de volta ao corredor.
A escola é bem grande, são dois andares cheios de salas, sem contar com o pátio lá fora, a piscina e a biblioteca. As crianças parecem adoráveis.
~
O tuor parece ter acabado, Fabrício se despede me deixando com Anthonie um homem que parece ser professor de história.
– é ótimo ter uma nova professora. A última acabou... - ele fica pensativo.
– acabou? - franzo o cenho.
– sumindo. Ela nem se quer deu o trabalho de se demitir, apenas desapareceu. - ele dá de ombros.
Desapareceu...? Estranho.
– vou dar um breve resumo sobre os alunos. - nos sentamos no banco de madeira que fica em frente ao campo onde crianças correm aos montes.
– certo...
– aquela pequena ali é a Taty. Tome conta dela, ela é uma criança boa, e muito inteligente. - dou um sorriso.
A garotinha tem bochechas inormes e Rosadas, seu cabelo é escuro e olhos inormes.
– fofa. - digo animada.
– minha filha. - faço um som de "oh" com a boca.
– entendo. - dou uma risada.
– aquele ali é o Caleb. As vezes apronta bastante mas não brigue muito...caí entre nós ele tem uma mãe bem assustadora. Seu irmão Brian está do lado, eles sempre estão juntos, o pequeno Brian já é bem tímido então seja paciente. - mecho a cabeça levemente. Os dois são bem parecidos mas diferentes.
– aquela é Lisie. - ele aponta para uma garotinha loira de olhos azuis. - seus pais mandam na cidade, então faça ela gostar de você. - mordo a bochecha. - mas já adianto, vai ser bem difícil. Ela gosta de poucas pessoas.
– sério? - digo incrédula.
– sim. O próximo é Deniel. - ele encara o garoto sentado no chão perto de várias bolas, mas está sozinho.
– o que tem o Deniel?
– ele não conversa quase nada. Porém é bem avançado pra idade dele, ele tem 9 anos. - a criança brinca com os próprios dedos.
– as crianças daqui são bem dotadas então. - me coloco de pé.
– isso pode ser bom e ruim. Depende do ponto de vista. Não force ele, seu pai é dono de uma mineradora. - o homem aconselha.
– está tudo bem. - pisco devagar.
Caminho calmamente até o garotinho, ele não me encara quando chego perto dele, me sento ao seu lado no gramado.
– você não quer brincar com eles? - pergunto amigavelmente.
– porque? - sua voz é baixa.
– é legal brincar com os outros. - digo carinhosamente.
– porque? - dou uma risada fraca.
– as pessoas dizem que faz bem. - mordo a bochecha. O garotinho me encara contrariado.
– então brinque com elas você. Eu estou bem. - ele diz com o cenho franzido e eu dou uma risada.
É. Crianças. O que fazer? Eu adoro isso no mesmo tanto que odeio.
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Black swan - Duologia, Livro 1.
Romance*O cisnei* Ele é errado pra mim. Eu não sei nem ao menos quem ele é. Mas o fato de não saber torna tudo mais intenso, todas cartas me fazem prender a respiração. Estou fadada a gravitar ao redor do desconhecido. Sendo sugada pela sua aura tenebrosa...