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Anastácia

♤♥︎♤

Pensamos que o mundo é um péssimo lugar, e ele é...porém aquela parcela de esperança de que ele seja um lugar feliz as vezes, nós faz sonhar.

♤♥︎♤

Tereza dançou e bebeu tanto que agora ela está sentada no chão do seu quarto encarando o nada. A maior parte dos convidados já foram embora, sua mãe é uma mulher influente e isso é mostrado em todas as festas.

– e então? - me sento ao seu lado tirando meu salto.

– você já se sentiu vazia? - ela pergunta deitando a cabeça pra trás.

– muitas vezes. - mordo a bochecha.

– e como fez pra resolver isso? - franzo o cenho diante da pergunta.

– bom...na verdade nunca resolvi realmente. As vezes ainda me sinto assim...e é por isso que almejo novos sonhos. - a encaro - Penso em novas metas. - concluo.

– parece legal. Eu queria ser assim, mas na verdade nunca lutei por nada na vida. Tudo que eu quis sempre veio de graça até a minha mão. - ela suspira pesadamente.

– Tereza? - chamo

– sim?

– todas as dores doem. Algumas só parecem menos importantes no outro ponto de vista...mas ainda sim é dor. - sussurro.

– Anastácia...obrigada. - ela pula encima de mim abraçando meu corpo e eu sorrio.

Minha melhor amiga. Eu daria o mundo a ela se ela precisasse, a verdade é essa.

~

O dia seguinte acordo cedo por pura insônia. Acabei dormindo ao lado de Tereza em sua cama, me coloco de pé pegando minhas coisas indo até a porta.

– tchauzinho. - sussurro para a figura imarranhada de coberta e cabelos escuros.

Vou até a escada decsendo os degrais e por último caminhando até a saída mas sou parada por Geneva, a mãe de Tereza.

– bom dia Anastácia. - ela sorri levemente.

– bom dia senhora. - inclino a cabeça levemente.

– já está de saída? - pressiono os lábios.

– sim.

– certo. Vou deixar você ir. - ela saí do caminho e eu aceno.

Geneva me dá um pouco de medo. É uma mulher baixa mas séria, sua postura é impecável, cabelos escuros apesar da idade, sempre com um batom vermelho.

O pai de Tereza morreu antes de eu conhecê-la, e desde então nunca soube de muito a seu respeito, o necessário só, como sei que ele era Japonês. Apenas sei que Geneva toca uma ópera e também teatro. Mas o seu dinheiro de fato vem de outras fontes que eu nunca quis julgar saber.

– seja como for. - dou de ombros.

Aceno com a mão na rua a espera de uma táxi que chega minutos depois.

– bom dia. - entro no táxi e o homem a frente liga a rádio.

– bom dia madame. Qual o destino?

– sede de apartamentos Notrigha. - respondo.

Ele liga o carro enquanto a rádio diz sobre os acontecimentos da semana. Entre eles o nome de Michel é mencionado.

– tem como aumentar o volume? - indago ansiosa.

– claro. - ele aumenta e agora ouço melhor.

A cidade é tomada pelo caos, após a morte do rapaz Michel, um homem que encenava na maior ópera do estado morto de forma repentina. Pela manhã o detetive Sullivan encarregado do caso desaparece misteriosamente. A polícia investiga ligação entre ambos os casos.

Meu peito bate tão forte que acho que vou acabar vomitando. Essa série de mortes não podem ser atoa. Estou suando frio, minhas mãos estão geladas, meu cérebro está dando curto.

– a senhorita está bem? - o taxistas pergunta preocupado.

– ah...sim. Eu preciso apenas tomar um ar, posso abaixar o vidro? - digo rápido.

– claro. - faço isso apressada.

Calma Anastácia. Pode ser só...na verdade não pode. Mas...tem 50% de chance? Quer dizer foda-se eu sou péssima em matemática. Por isso eu cursei letras, droga!

Encaro meu telefone. Abro em um número específico que está...desbloqueado? Como...? Eu havia bloqueado. Mas...mesmo assim ele conseguiu me ligar. E pelo visto vai adorar me assombrar. Respiro fundo e mando a seguinte mensagem...

Vai matar mais alguém?

A resposta vem mais rápido do que imaginei, me pegando de surpresa.

~

Votem! Bjss.

Black swan - Duologia, Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora