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Anastácia

♤♥︎♤

Não é preciso ir para o inferno para conhecer o diabo, ele está presente na maioria das pessoas. - Mukowski

♤♥︎♤

O homem para de socar o assaltante, seria rude pedir uma carona? Se ele continuar batendo o cara vai morrer.

– licença...senhor? - me agacho pegando o telefone.

Sem respostas mas ele parou de socar o assaltante.

– pode me dar uma carona? O uber cancelou. - olho a hora no telefone estou atrasada 5 minutos.

O homem se coloca de pé e eu noto o quanto ele é alto. Talvez tenha 2 metros? Meus 1,84 normalmente deixam pouco a desejar quando se trata de homens. Suas costas são largas, cabelo escuro.

– não é querendo... - ele meche em algo e paro de falar quando noto que ele pegou uma arma.

A arma é colocada do lado de sua cintura. Dou um passo pra trás em falso. Ótimo...assaltante agora isso?

– corra cisnei negro. - essa voz...essa voz sombria e rouca.

Eu sei exatamente quem ele é. Eu sei exatamente o que ele pode fazer, e isso arrepia todo os pelos do meu corpo. Sem muito o que fazer me afasto correndo rumo a estação de trem. Não me certifico de olhar pra trás, meu coração bate tão forte que acho possível morrer aqui mesmo. O homem do bar e o homem que está me perseguindo.

~

No fim consegui chegar a casa de Tereza com 30 minutos de atraso, suada e com dor nos pés. Mas apesar disso o presente está intacto. Respiro ruidosamente.

– o que aconteceu com você? - ela pergunta vindo em minha direção conforme eu entro no quintal da casa.

Ela usa um vestido branco comprido com decote no busto, cabelo preso em um coque com alguns fios soltos. Está elegante como sempre esteve.

– não...não pergunte. Desculpe o atraso...feliz aniversário! - coloco meu melhor sorriso e entrego a caixinha.

Tereza me analisa em um questionando silencioso, sem dizer nada. Ela apenas aceita a resposta por hora, abrindo o presente ela dá um sorriso inorme e meu peito aquece. No fim das contas valeu a pena o esforço. Sempre vale a pena...

– amiga! Não precisava...quer dizer é tão lindo. Obrigada. Eu amo você. - ela diz me abraçando chorosa e eu só aceito.

Também estava precisando disso. O dia foi tão complicado...e a história do stalker ainda por cima. Tenho certeza que era ele.

– eu também amo você. - comento animada.

– vamos entrar agora! Mamãe está esperando sua chegada. - sou guiada para dentro da casa.

A sala inorme e cheia de lustres trás juz a tudo que a mãe de Tereza é. Uma mulher rica e com gostos variados.

– querida, você chegou. Está tão suada, beba um drink. - a mulher de cabelos brancos mas arrumados sorri carinhosamente.

Faço parte da família a algum tempo, o pai de Tereza morreu pouco depois dela nascer, sua mãe diz que ela foi a sua salvação. Por isso nunca ficou maluca...faz parecer que seu amor é tão bonito. Sinto falta da minha mãe.

– eu não sei se é uma boa ideia beber logo de cara. - sorrio levemente e ela me analisa

– claro. Curta a festa. - ela se despede com um acenar de cabeça.

Mas não antes de ver Tereza pegar uma taça de vinho com o garçom que está perambulando.

O lugar tem bastante gente, mas o engraçado é que eles estão tão distantes que faz parecer pouco. Gente rica é assim...tão perto mas tão longe. Exeto...Tereza. Ela é uma exceção, graças a Deus a encontrei, havia perdido a fé que havia pessoas ricas e boas na mesma frase.

– você deveria comprimetar seus convidados - ela franze o cenho.

– a maioria aqui nem me conhece...e...o Michel...e sua história é complicado. - ela dá de ombros encarando a sua taça de vinho.

Me encolho diante a menção, talvez eu esteja maluca mas...se eu tenho um stalker...e se ele diz ser capaz de matar alguém...talvez sua morte tenha sido culpa minha e isso reverba no fundo da minha cabeça.

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Votem! Bjss

Gente eu esqueci de atualizar #sorry

Black swan - Duologia, Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora