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Anastácia

♤♥︎♤

Normalmente ligações das nossas mães vem repletas de felicidade, mas não no meu caso. Ela significa apenas uma coisa...caos.

♤♥︎♤

Enquanto encaro meu vaso de planta repenso todos os meus atos até então. Eu plantei uma semente de lírio...mas talvez nunca brote. E chega a ser filosófico o quanto isso soa como a minha atual situação...

Ouço bip do meu telefone, o toque começa a chamar com a música "Salvatore" da Lana.

– quem pode ser...? - sussurro caminhando até minha cama e pegando o telefone de capa roxa. - quem fala?

– oi querida...é a mamãe. - um arrepio desnecessário sobe pela minha medula óssea.

Parece que meu cérebro vai virar gelatina. Que merda.

– como conseguiu meu número?...não importa. O que quer? - pergunto ríspida

– você precisa...me liberar. - dou um suspiro cansado, claro que é isso.

– Ava, para, você sabe que não deveria me ligar...E nem deveria ter um celular. - faço uma anotação mental sobre isso.

– o que posso fazer? Eu sou um sucesso. - a mulher dá uma risada istridente.

– por favor...não me torture assim. - dou um chiado de frustração.

– eu sou sua mãe. Mesmo nessa porra de lugar! Você costumava dar valor a isso!

– eu dava...até você provar que é uma verdadeira puta! E não estou falando de trabalho no bordel. - ladro.

– ora sua...

– me ligue apenas se for importante. Até mais mãe. - afasto o telefone da orelha e ele começa a chiar, desligo.

Eu não vou cair nas graças de Ava Mavick. Não depois de tudo...não hoje. Minha cabeça dói...droga. Vou precisar de remédios. Muitos remédios.

~

Mais tarde estou pesquisando sobre os professores da escola. Deitada no meu sofá marrom com estampa de flor, meu lep top com a luz baixa, deve ser cerca de 17 horas da tarde. Os professores tem poucas coisas no fichario, em específico a última...não tem basicamente nada relevante, as informações no site da escola são vagas e quase nenhuma foto, mas resolvo dar um Google.

Dorothe Caboni Brandão.

Abaixo a barra de pesquisa, as informações são meio...apagadas? Não á corpo...declarada como desaparecida no dia 28 de abril. Familiares não possuem informações...tinha apenas 30 anos. Parece jovial nessa foto...cabelos escuros e lisos, olhos claros, pernas grossas, parece comum mas é linda com certeza. Onde ela deve estar?

– devo pesquisar sobre isso mais a fundo com alguma ajuda...

Um bater na porta me tira do transe que me encontro, me levanto ajeitando minha saia, e percebo minha distração. O que aconteceu com o assaltante de ontem? Olho através do olho mágico e aparentemente não tem ninguém...abro a porta e olho em volta mas não há nada. Apenas uma...caixa?

– talvez entregou no endereço errado - pego a caixa que é até leve, entro e fecho a porta com os pés.

Coloco a caixa no chão e olhando em volta não tem nada, nenhum bilhete nem um endereço. Foda-se. Estou curiosa. Ando em busca de uma tesoura e assim que acho vou até a caixa me colocando de joelhos.

– espero que não seja uma cabeça. Estilo...serial killer bizarro. - começo a rasgar a caixa.

Meu cenho se franze assim que noto o que tem dentro, é um cisnei negro de pelúcia...do lado há um bilhete, o papel é preto mas a letra é dourada.

Meus cisnei...aceite o presente.
Não nenhuma câmera...ou talvez tenha?!
Isso te amedronta ou te exita?
Sua doce sombra.

A letra é impecável sem dúvidas.
Mas câmeras? Ele não seria tão...maluco. Ou seria? Ele já matou alguém Anastácia. E pra uma pessoa normal isso com certeza seria levado a polícia...mas eu não sou uma pessoa normal. E pro meu terror...a ideia dele estar me observando me faz ficar quente. Sou uma bela doente.

– uma câmera então? - digo calmamente.

Depois de tantas coisas que já vi...isso me parece...interessante.

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Votem! Bjss

Black swan - Duologia, Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora