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11 anos antes (17)

Dominike

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A violência disfarçada é o pior tipo que existe...porque...as vezes você confundi com amor. E outras vezes eles te fazem acreditar que você não é capaz de amar. Amores tóxicos não são amores...são dores.

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Enquanto ouço meu pai instruir sobre como devo mecher as pernas para atacar de uma forma mais ágil penso em como faço isso a tanto tempo que é mais automático do que o possível.

– pausa. - meu pai grita do outro lado do ringue.

Paro meus músculos e olho em volta, percebo que tem um garoto encolhido no canto da academia. Talvez ele seja novo...saio do ringue e pego uma garrafa de água que está encima de um banquinho, ando até o garoto e ele me analisa com o olhar curioso.

É esse o olhar que eu gosto, porque eu realmente odeio que as pessoas pensem que eu sou um garoto mimado e fraco.

– eai cara. - digo me sentando ao seu lado e ele respira devagar.

– hum...eai. - ele comenta casualmente e eu dou risada.

– não é porque meu pai manda aqui que eu sou assim também. Meu nome é Dominike. - estendo minha mão.

– certo, porque se não teria que chutar sua cara. Maxuel. Mas eu prefiro Max. - ele aperta minha mão firme.

– quer tentar? - desafio divertido.

Eu não tenho muitos hábitos em me comunicar com outras pessoas mas ele parece...familiar. Talvez eu me identifiquei com seu entusiasmo, é por isso que tanto tempo depois a gente acabou nunca lutando.

~

Termino de jogar água no corpo e me cubro com uma toalha deixando apenas o peitoral a mostra. Saio de dentro do banheiro que tem no meu quarto no momento exato que vejo uma figura emergir das sombras.

– puta merda! - esbravejo quando noto ser a minha prima. - o que diabos está fazendo aqui porra?

Ela revira os olhos se sentando na cama e eu franzo o cenho.

– tenho que contar algo. - ela sussurra.

– lá vem! - digo desanimado em pé ao seu lado.

– Dominike...olha...se eu fosse você tomaria cuidado. - estreito meus olhos.

– cuidado? - repito vagamente.

– a Paola está voltando da viagem que ela fez ano passado. E mesmo que você não acredite ela gosta de você. - bufo.

– claro, porque ela é um anjo e adora seu irmão. - digo ironicamente.

A verdade é que sempre fomos bem distantes. E essa viagem dela pra mim foi algo revitalizador. Nunca me senti tão bem em toda a minha vida...mas penso que se posso chamá-la assim, todos os irmãos são assim.

– não Dominike. Ela não apenas adora como vai fazer de tudo para ficar com o que ela quer. E você sabe que ela quase sempre tem o que ela quer... - a garota se levanta me dando um olhar solidário.

– eu não sei se estou entendendo o rumo dessa conversa. - deixo no ar.

– você está entendendo muito bem, vai fingir que não notou o jeito que ela te olha quando vocês dois estão na piscina? E bizarro. - conclui e um arrepio gélido sobe a minha espinha.

– isso não...é...verdade.

– você só não quer ver. Desde sempre ela tenta chamar sua atenção, e não é como um irmão. Só...eu já avisei. Faça isso...tome muito cuidado. - ela me dá um último encarar antes de sair pela porta do quarto me deixando pertubado.

Ok...eu já sabia que talvez Paola forçasse a barra...mas...isso? É doente e perturbador. Ela possui o mesmo sangue que eu...mesmo que não pareça. Nosso o pai ainda é o mesmo...e mesmo que não fosse...porra. Isso nunca ia acontecer. Eu vi ela nacser diante dos meus olhos, e também vi quando ela falou "papai" pela primeira vez e talvez eu até tenha ficado feliz naquela época.
Tudo antes de saber que sua mãe ia ser a pior cobra do mundo depois disso.

E nunca...merda. Talvez até faça sentido...talvez por isso que ela sempre fez questão de esfregar seus relacionamentos na minha cara...eu sempre achei que fosse implicância porque eu não namorava as garotas que eu ficava. Mas agora...faz a porra de muito sentido. Puta que pariu.

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Votem! Bjss

Gente eu estou meio sumida mas é pq estava ganhando inspiração para fazer um homem gostoso e com passado sombrio.

Black swan - Duologia, Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora