Anastácia
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Dizem para temer o ódio de um homem...mas o amor de uma mulher é muito pior.
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Seja quem for o maluco que está me perseguindo ele deve parar.
Me ameaçar não é...a forma certa.
Na verdade isso é totalmente errado em todo os níveis. Dedilho a tecla do piano por puro estresse. Anderson ficou curioso com o meu distanciamento repentino...stalker de merda.
– as teclas não fizeram nada pra você. - ouço uma voz masculina dizer. - Anastácia.
– está certo... - me viro e franzo o cenho quando noto que é um policial.
– sou o policial Sullivan. Estou investigando o caso de assassinato do Michel. - meus olhos se arregalam.
– assassinato?
– sim. Ele foi encontrado com uma bala no peito, o assasino deveria ser um profissional, soube que ele esteve com você pouco antes de morrer. Ele parecia preocupado com algo? - encaro minhas mãos.
– na verdade não...ele parecia...normal. Foi a primeira e a última vez que conversamos na verdade. - volto a encarar o homem.
– eu entendo. - Sullivan se aproxima e se agacha na minha frente.
– tem mais alguma informação? - indago.
– não exatamente. Bom...eu acredito que uma moça como você... - uma de suas mãos pousam na minha perna. - não poderia ter feito nada, certo?
– certo... - sussurro.
– ótimo Anastácia. Qualquer nova informação eu irei te avisar. - ele se levanta mas ainda sinto sua mão nojenta na minha perna. - presumo que um telefonema talvez. Ou um café.
– Sullivan. - o chamo erguendo o rosto.
– sim? - ele estufa o peito.
– você costuma assediar todas as suas suspeitas? - digo friamente e ele arqueia as sombracelhas.
– acredito que esteja confundindo as coisas Anastácia...e acho melhor você ter cuidado com o que fala. Passar bem. - ele se vira me dando as costas e eu fuzilo com o olhar.
Quem deveria morrer é você. É um pensamento rude...talvez. Mas é.
~
Encaro o espelho. Meus cabelos castanhos estão soltos, uso um vestido colado beje, brinco de argola e um relógio no pulso, salto escarpin branco. É o aniversário de Tereza, seus 25 anos. Pego a caixinha que contém uma corrente fina banhada a ouro, a verdade é que ela gosta de coisas caras. E eu quero ser a melhor amiga...eu quero merecer sua amizade. Antes eu não podia dar nada de presente para ela pois não tinha dinheiro. Vou recompensar agora.
– vamos lá... - digo pra mim mesma.
Saio do apartamento e fico em frente esperando meu uber chegar. 5 minutos...e...
– com licença. - dou um pulo e seguro a caixinha e meu celular contra o peito.
– você me assustou. - é um homem que eu julgo não morar aqui. Quase todos os moradores são velhos.
– é...geralmente as pessoas esperam do lado de dentro - franzo o cenho.
– certo... - me viro encarando a rua. Meu coração bate forte.
– não precisa se preocupar...eu não vou te machucar. Quer dizer eu não sou esse tipo de homem, porém...eu quero o celular. - viro o rosto a tempo de vê-lo sacar um arma.
– porra. Hoje não é meu dia. - arregalo os olhos e ele dá de ombros estendendo a mão.
Coloco a mão com a caixinha pra trás. Entregando somente o celular, sem cartões pois eu já paguei a corrida pelo celular.
– o que você está escondendo? - ele estreita os olhos.
– n...nada. - gaguejo.
– então verei isso. - ele avança puchando meus braços.
Eu não vou entregar a porcaria de presente que eu demorei 5 meses para comprar, se ele acha que é doido eu sou mais. O empurro e ele caí no chão. Me viro começando a correr mas paro de andar assim que escuto o barulho da trava da arma.
– você está me fazendo perder a paciência...
– e você vai me fazer perder a vida. Quem tá pior? - quando me dou por conta já falei.
– atrevida. - fecho os olhos com força tendo certeza que vou morrer agora.
Tereza. Eu espero que suas joias te consolem...
– caralho! - o homem grita e eu abro os olhos. Me viro devagar...um pouco longe vejo alguém socar a cara do assaltante.
– merda! - berro.
Se esse dia pode ficar mais estranho eu desconheço a razão. Mas em meio a tudo isso a parte pior é que...o uber cancelou a corrida. Escuto o barulho do celular apitando.
~
Votem! Bjss.
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Black swan - Duologia, Livro 1.
Lãng mạn*O cisnei* Ele é errado pra mim. Eu não sei nem ao menos quem ele é. Mas o fato de não saber torna tudo mais intenso, todas cartas me fazem prender a respiração. Estou fadada a gravitar ao redor do desconhecido. Sendo sugada pela sua aura tenebrosa...
