Sem arrependimentos

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Pov Hashirama

Eu já tinha perdido a contas de quantas vezes nos beijamos e por quanto tempo, e puta merda, ele beija muito bem, pego o celular e olho de relance para o horário, puta merda já é 01:24, tenho que ir pra casa, amanhã ou melhor, hoje.

- Já esta tarde eu preciso ir.

Madara para de beijar meu pescoço, com certeza deve ter várias marcas aí, da mesma forma que tem várias nele.

- Você bebeu, não quer dormir aqui?

- Melhor não, é capaz de não dormir essa noite se é que você me entende, - ele fica corado-  e também eu preciso trabalhar.

- Professor trabalha no sábado?

- Não, mas eu tenho dois empregos

- Sua situação é tão ruim assim?

- Não, mas como eu tava em dúvida do que fazer resolvi trabalhar com as minhas duas vocações - ele me olha confuso - tenho uma rede de floriculturas e trabalho meio de semana como professor.

- cara.... como tu consegue? Eu já acho um porre trabalhar em um, imagina dois. É muito amor pela vocação

- Falando nisso eu nunca te perguntei, no que você trabalha?

- .... Acho melhor você não saber.

- Por que? É algo constrangedor.

- Não, só talvez não seja a hora de você saber.

- Agora que eu quero saber mesmo.

- Outro dia eu te conto.

Pronto, o clima ficou chato, ficamos algum tempo em silêncio até eu me levantar, vamos até a porta e ele abre para mim passar.

- Desculpa por acabar com o clima

- tudo bem, em compensação a noite foi muito boa, acho que devemos repetir a dose.

- aliás você pode me passar seu número? Pra gente ir conversando.
Digo com receio

- Posso, mas você vai ter que me prometer que não vai dar esse número para ninguém.

- Não vou, -Eu alcanço meu celular para ele colocar seu número enquanto eu coloco o meu no celular dele, ele digita rapidamente  e me entrega e logo depois eu entrego o dele para ele - vou indo então, Boa Noite Madara, durma bem.

- Boa noite Hashirama, se cuida na estrada é um pouco mal iluminado por essas bandas.

- Fica tranquilo que nada vai acontecer.

Lhe dou um grande se sorriso, vou indo em direção ao meu carro, mesmo estando de costas consigo sentir seus olhos sobre mim, entro no carro e antes de fechar a porta eu o olho mais uma vez e minha nossa, que visão, ele com uma carinha de sono enquanto está encostado no arco da porta me olhando, me esperando para sair, imagina só poder ver isso todo dia, seria um sonho, um doce e maravilhoso sonho.  Antes de ir eu o abano e ele retribui levemente, senhor, esse homem com certeza é minha perdição.

Horas se passam, felizmente eu durmo bastante por mais que meu coração esteja a mil, que misto de sentimentos, eu peguei o pai de um aluno, de fato algumas experiências são bem individuais. Olho sutilmente para o relógio analógico ao lado da minha cama, 08:37, droga tenho que me levantar logo, levanto calmamente para a pressão não baixar, vou direto no banheiro para tomar um belo banho e escovar os dentes, me despido, entro no chuveiro e penso.

- Nossa... Eu beijei ele com bafo de vinho e lasanha, - bato a cabeça de leve na parede - que merda.

De forma rotineira o meu mal hábito começa desde cedo, falar sozinho, de fato adoro falar sozinho, mas não é tão bom assim quando chega ao ponto da senhorinha vizinha de apartamento ter que chegar e perguntar com quem eu converso tão alto o tempo todo.

Sagrado Profano - HashiMadaOnde histórias criam vida. Descubra agora