Olhei ao meu redor com o olhar vazio. O que eu faria agora? Eram dez horas da manhã, em piscar de olhos seria meio dia. Não estava disposta a voltar para a floricultura. Não queria ver o rosto de Charles, só de pensar em vê-lo corei de vergonha. Por fim decidi que faria meu passeio na Casa Branca sozinha.
E lá estava eu, no meio da multidão de turistas seguindo o guia turístico, vendo esculturas e pinturas. Eram tantos corredores, tantas escadas, tantas pessoas, tantos lugares! Então o que eu menos esperava aconteceu: me perdi. Procurei meu grupo por todos os cantos, mas não os via nem os ouvia. Se fosse em outro lugar eu gritaria até os encontrar, mas eu era educada e não faria uma barulheira dessas. Sentei em um banco e respirei fundo. Comecei a sentir aquela dor novamente, se não fosse a vergonha choraria ali, na frente de todo mundo. Meu coração doía. Aquela sensação de que não encontrei o amor verdadeiro era desoladora. Até quando eu viveria sentindo isso? Que vida sem valor. Talvez, só talvez, eu possa ser alguém incrível na vida alguém, mas eu bem que gostaria muito de ter alguém incrível para mim.
- Ai! – Um rapaz de óculos escuros, boné preto, calça jeans rasgada, tênis Air Jordans vermelho e uma jaqueta jeans por cima da camiseta branca manga comprida andava tão rapidamente que tropeçou no meu pé que estava, deselegantemente, esticado. Eu estava tão atordoada com meus sentimentos que demorei para raciocinar de que eu deveria pedir-lhe perdão pelo incidente.
- Me perdoe, foi sem querer.
- Ah, não foi nada – respondeu olhando para trás, aparentando que estava fugindo de alguém.
- Está tudo bem?! – perguntei curiosa.
- É... tudo de boa! – ele deu um sorriso forçado.
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Em que lugar serei amada assim?
RomansaQueria que a mamãe ainda estivesse comigo, queria que o papai não tivesse me abandonado, queria que minha vida fosse do jeito que eu queria. Por que o mundo me obriga a passar por tanta dor?! Uma vida vazia e sem sentido, essa era minha vida. Preci...
