LILY HENNESSY É... BOA
(temporada 3, episódio 8)
O zumbido estridente do pager cortou o silêncio da noite, acordando Lily de um sono profundo. Ela se levantou rapidamente, um sobressalto que fez seu coração disparar. Ela sabia que seria difícil dormir no turno de 24 horas, mas, finalmente, após horas intermináveis de plantão, ela havia conseguido fechar os olhos por alguns minutos. Agora, o descanso estava interrompido — de novo.
Com um suspiro irritado, ela chutou a maca improvisada que tinha feito no túnel dos corredores e olhou para o visor do pager. A tela iluminada fez seu estômago revirar.
O'MALLEY 911
Lily sentiu um calafrio subir pela espinha, o pânico tomando conta de seu corpo antes mesmo de conseguir raciocinar.
Sem perder tempo, ela começou a correr pelos corredores, seus tênis ecoando no chão. Enfermeiras e médicos do turno da noite se afastavam rapidamente, lançando olhares preocupados enquanto ela passava como um borrão. O ar parecia denso ao seu redor, e cada passo a fazia sentir a urgência da situação, o medo apertando sua garganta.
Quando ela virou a esquina, viu George. Ele estava ali, parado, com Callie ao lado dele. E foi só quando ela viu o rosto de seu melhor amigo, seus olhos vermelhos e seu semblante de terror, que a ansiedade que a consumia se intensificou.
Ela parou bruscamente, respirando fundo, tentando processar a cena. Sua voz saiu mais baixa do que ela queria, mas carregada de um tom de comando, o instinto de médica tomando o controle.
— O que está acontecendo? Você me chamou?
George se virou devagar, os olhos fixos nela, mas havia algo ali — uma angústia que fez Lily dar um passo à frente, os dedos trêmulos.
— George? — ela perguntou, suavemente, sentindo o aperto no peito crescer quando viu o quão decomposto ele estava.
Ele a olhou com uma mistura de dor e medo. Seus olhos, normalmente tão confiantes e firmes, agora estavam turvos, marcados pela preocupação.
— Meu... meu pai. Ele está... ele está aqui. No hospital. Como paciente — ele quase sussurrou, a voz quebrada, como se aquela informação fosse uma lâmina afiada cortando-o.
Lily sentiu um aperto na garganta. O choque a atingiu em cheio, mas ela não deixou que isso transparecesse. Ela olhou rapidamente para Callie, que estava ao lado de George, com o olhar sombrio e a expressão fechada. Callie apenas assentiu, confirmando o que ele dissera.
— Oh, meu Deus... — Lily murmurou, a dor em sua voz inconfundível. Ela olhou para George, e a visão dele fragilizado e assustado, fez seu peito apertar.
Sem pensar duas vezes, ela deu um passo à frente e envolveu os braços ao redor dele. A sensação de conforto foi imediata, um abraço apertado e silencioso, onde ela se permitiu ser a âncora dele. George não hesitou e se afundou no abraço, seus próprios braços envolvendo-a com uma força desesperada, como se ela fosse a única coisa sólida em um mundo que parecia estar desmoronando ao seu redor.
Eles ficaram assim por alguns momentos — sem palavras, mas com tudo dito no gesto. Lily descansou a cabeça no ombro de George, sentindo as lágrimas se acumulando nos próprios olhos. Mas ela se recusou a deixá-las cair. Não agora. Não na frente dele.
— Eu estou aqui, Georgie — ela sussurrou, a voz baixa e cheia de um carinho que transbordava em cada sílaba. — Vou te ajudar, ok?
Ele apertou ainda mais o abraço, sua respiração irregular, e por um momento, o mundo ao redor deles desapareceu. Não havia mais pacientes, não havia mais diagnósticos a serem feitos. Só existiam eles dois, juntos, naquele instante, lidando com algo que nenhum dos dois poderia prever.
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Invisible String, mark sloan
Fanfiction╔ ⋆ 𝐈𝐍𝐕𝐈𝐒𝐈𝐁𝐋𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐍𝐆 * ˚ ✦ ╝ 𝘨𝘳𝘦𝘺𝘴 𝘢𝘯𝘢𝘵𝘰𝘮𝘺 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤! Lilith Hennessy não tinha defeitos, ela era perfeita. Ou, pelo menos, era isso que as pessoas de fora pensavam. Ela conheceu o mal que se espreitava...