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SUPER-HERÓIS

(temporada 3, episódio 3)


A cicatriz no abdômen de Lily ainda exibia um tom rosado, lembrando-a constantemente dos dias difíceis que deixou para trás. Às vezes, ela sentia uma coceira irritante, mas sabia que estava cicatrizando bem. Contava os dias desde que deixou o hospital e, embora já estivesse em casa há algum tempo, o tédio de ficar na cama e se ocupar na cozinha a estava deixando louca. No terceiro dia de recuperação, já tinha começado a fazer dezenas de bolinhos com Izzie.

Hoje, vestindo um moletom da Branca de Neve e jeans confortáveis, ela saiu apressada do carro de Addison depois de se despedir calorosamente da mulher, correndo em direção à entrada do hospital. Só de sentir o cheiro familiar do ambiente, seu humor já melhorava. A simples sensação de estar de volta ao trabalho trouxe uma onda de energia, e a excitação fez seu coração acelerar.

Com o entusiasmo crescendo, ela apressou o passo para alcançar as pessoas que caminhavam à sua frente.

— Bom dia! — ela cumprimentou com um sorriso largo.

— Oh, ei, Lily! De volta ao trabalho? — Callie perguntou, parando ao vê-la.

— A licença acabou, querida! — Lily sorriu de volta. — Ei, George, Torres, vocês dois estão brilhando!

— Obrigada! — Callie respondeu com o mesmo sorriso caloroso, enquanto George acenava para Lily, a mão de Callie entrelaçada com a dele.

— Você parece ótima para alguém que acabou de levar um tiro — disse George, com um sorriso de cantinho de boca.

— Eu sei, né?! — Lily exclamou, empolgada. — Deve ser por isso que meu irmão me chama de Lily Furacão.

— Lily, não sei se isso é exatamente um elogio. Furacões são tipo as divas da natureza: causam destruição e deixam todo mundo em pânico — explicou Callie.

— Ah, agora não estou mais tão certa de que seja um elogio — Lily franziu a testa, com a voz cheia de incredulidade. — Meu Deus, que grosseria. Você acha que ele realmente quis dizer isso?

— Como mais alguém poderia querer dizer isso? Por que raios você acharia que furacões são algo bom? — perguntou Torres, quase rindo.

— Depois... depois da destruição, as comunidades ficam mais fortes, superam a tragédia... Jesus Cristo, NÃO É UM ELOGIO! Por que ele teria me chamado de furacão? — Lily exclamou, pegando o celular e começando a digitar furiosamente para o irmão, exigindo uma explicação.

— Ah, agora ficou claro. Você entra em parafuso e todos nós ficamos aqui, assistindo o espetáculo — disse George, tomando o celular dela com uma calma exagerada. — Você não é um furacão. Ou talvez seja, mas... um furacão... tipo, fofinho. Um furacão que faz carinho. Ok?

— Achei que tínhamos combinado que furacões são tudo, menos fofos — Callie disse, piscando.

— Eu pensei que tinha ficado claro que são... furacões fofos — George imitou, sorrindo para a namorada. — Você é a Lily Hennessy, o melhor furacão que existe. Ok?

— Eu sou o melhor furacão que existe — Lily assentiu, mas o desgosto ainda era evidente em seu rosto. — Lily Furacão. Jesus Cristo, eu vou procurar Meredith e Cristina — ela murmurou deixando o casal para trás.

 Jesus Cristo, eu vou procurar Meredith e Cristina — ela murmurou deixando o casal para trás

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