XI - O homem das bebidas

14 1 0
                                    

❌️ Avisinho importante ❌️
Este capitulo, sob nenhum circunstância incentiva o uso de bebida no transito.


JOHNY

Faz quatro dias se passaram desde que Taehyung e eu compartilhamos o mesmo teto. O KIm manteve sua promessa de não tentar entrar em contato comigo nenhuma vez desde então. Eu deveria estar aliviado com isso. Mas não estou.

Descobri que Taehyung era uma pessoa conhecida, para não dizer famosa. Me trouxe um conforto no qual eu não conseguia ainda nomear. Mas era bom. Muito Bom. Ele não é apenas um dos maiores produtores da indústria, mas também o querido das câmeras. A mídia o consome como se ele fosse um banquete servido em manchetes frescas todas as manhãs. Por mais que ele não escondesse o fato de que preferia se envolver em sexo sem compromisso, era evidente que isso só alimentava a curiosidade das pessoas.

Comecei a desenvolver um estranho sentimento.  Sinto como se estivesse preso em um jogo, atuando como competidores amadores, tentando parecer o mais normal possível na frente de sua irmã e cunhado.

De longe, observo o casal  –  julgando pela forma como as mãos do  cunhado de Taehyung, que estão pousadas na cintura de Hyuna, uma expressão automática de carinho. Algo que deveria ser natural, mas que para mim parecia forçado.

Vai ser estranho. Será que irei continuar vendo Taehyung assim que acabarem minhas "férias"? Meus olhos tremem. Até onde poderíamos realmente ir? Puta merda. O que significa isso?

Estou muito preocupado com a aceitação dos familiares de um cliente. Isso estava errado. Mordo meu lábio mudando minha expressão. A ansiedade perecia me consumir. Viagens de carro me deixavam assim, a expectativa de estar perto dos familiares dele, me deixa tenso. Eu gosto de coisas simples: andar de bicicleta, ocasionalmente assistir um filme no cinema. Isso aqui é muita areia para meu caminhão. O desafio, a adrenalina, a confusão.

De repente, uma voz familiar me arranca dos meus pensamentos.

— Que roupa é essa!?

Relaxo quando reconheço  o tom ácido na voz do velhote.

— Boa tarde para você também. - Respondo, sem dar muita importancia. Escolhendo não lhe dar ouvidos, suas palavras entram por um ouvido e saem por outro, como uma água que escorre das penas nas costas de um pato. - Não é legal ficar questionando a roupa do seu noivo, meu querido.

— Você não acha que exagerou? - Ele aperta meu ombro, fazendo meu coração disparar. - Divide o armário com algum artista do circo ou algo assim?

Essa doeu… Mentira, eu já sou acostumado com comentários assim. Estou vestindo um suéter jacquard predominantemente azul. Este suéter largo e macio que uso com muita frequência. Jeans com fiaxas rosa, e tênis brancos. Eu sou um idiota, um idiota despreocupado.

— E quem é você? Um estilista da fashion desse anos! - Pergunto a ele, com as mãos na cintura.

— Fale baixo! Meu deus. - Taehyung esfregou o rosto, claramente irritado. - Não dá mais tempo pra trocar. Isso não vai dar certo…

— Vai dar certo sim. - Tento encoraja-lo - Vamos fazer o seguinte. A nossa intimidade como um casal é muito importante. Sempre que tiver algum problema você diz a senha “Beijo de Chocolate” que a gente se encontra num canto pra tentar resolver.

Taehyung ri, mas continua com aquela expressão preocupada.

— Entendi. Só acho que eles podem perceber…  nossa relação. Não se surpreenda na hora de verificá-lo. Vou pegar mais algumas coisas. Se quiser esperar no carro. - Ele sugeriu relaxando rosto em um sorriso caloroso, agora mais tranquilo.

Código Azul Onde histórias criam vida. Descubra agora