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Os raios de sol atravessavam as árvores do CT do Corinthians, aquecendo o ambiente enquanto me preparava para mais um dia de treino. O cheiro do gramado recém-regado e o som da bola rolando eram a trilha sonora da minha vida. Eu sempre amei o futebol, mas naquele dia, algo parecia diferente.
Enquanto me aquecia, percebi uma nova presença no campo. S/n, filha da Tamires, estava ali. Eu a conhecia apenas de nome, mas naquele momento, seus olhos brilhantes e seu sorriso contagiante me chamaram a atenção. Ela estava gravando um conteúdo para suas redes sociais, mas o jeito que ela interagia com todos ao seu redor me fez perceber que havia mais nela do que apenas uma influenciadora digital.
Quando ela se aproximou de mim, meu coração deu um salto. Sua energia era tão vibrante que era impossível não ser atraída por ela.
— Ei, Vic! Estou aqui para gravar um conteúdo sobre as jogadoras do Corinthians. Posso te fazer algumas perguntas? — s/n perguntou, e eu mal consegui encontrar as palavras.
— Claro! Adoraria — respondi, tentando não deixar transparecer a timidez que me invadia.
As perguntas surgiram de forma natural, e cada risada compartilhada parecia criar uma conexão mais forte entre nós. Eu falava sobre meus desafios, e s/n ouvia com atenção, fazendo perguntas perspicazes. A forma como ela se importava e como seus olhos brilhavam a cada palavra minha me deixou completamente encantada.
Nos dias que se seguiram, encontrei-me ansiosa pelos treinos, não apenas pela prática, mas pela possibilidade de vê-la novamente. S/n começou a frequentar o CT com mais frequência, sempre apoiando Bernardo e me incentivando. A amizade que começou ali se transformou em algo mais, como uma chama que não podia ser apagada.
Até que um dia, após um treino particularmente cansativo, decidi convidá-la para um café. Sentadas à mesa, a atmosfera estava carregada de uma tensão doce, e eu sabia que era o momento certo.
— Sabe, eu nunca pensei que poderia me sentir assim por alguém que conheci tão recentemente… — comecei, hesitante, mas com o coração na mão.
— Eu também… — s/n respondeu, seu olhar brilhando como se estivesse refletindo a luz do sol.
Minhas mãos tremiam levemente enquanto eu as colocava sobre a mesa, segurando a sua. A conexão entre nós era forte, e eu precisava saber se ela sentia o mesmo.
— Que tal darmos uma chance a isso? — perguntei, a esperança e o nervosismo misturando-se em meu peito.
S/n olhou para nossas mãos entrelaçadas e sorriu, e aquele sorriso iluminou todo o meu ser.
— Eu adoraria, Vic.
A partir daquele instante, tudo mudou. O amor que começou como uma amizade se tornou uma força poderosa em nossas vidas. Entre os treinos, as vitórias e as derrotas, descobrimos que sempre poderíamos contar uma com a outra.
Tamires e Gabi, que sempre foram minhas apoiadoras, ficaram felizes ao ver a alegria nos nossos olhos. Juntas, estávamos criando algo belo, um amor que superava as barreiras do futebol e se estendia para a vida.
A cada drible, cada risada e cada toque de mãos, sentia que estávamos escrevendo nossa própria história, uma que iria além das quatro linhas do campo. E assim, enquanto vivíamos nossos sonhos, eu sabia que havia encontrado em s/n não só uma parceira, mas a minha verdadeira companheira.
