Isabela Chagas

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Narrador pov

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Narrador pov.

Era mais uma grande final de competição no estádio Defensores del Chaco, com a maioria da torcida a favor do time local. Contudo, os gritos da torcida corinthiana ecoavam, apoiando fervorosamente as jogadoras. A final da Libertadores estava prestes a acontecer, e S/n, nervosa, entrou em campo junto com suas companheiras. Seu olhar percorreu o estádio até encontrar Isabela, a garota que, desde sua chegada ao clube, havia se tornado alguém muito especial para ela. Embora Isabela tivesse uma imagem durona em campo, na verdade, ela era doce e carinhosa. Com o tempo, S/n começou a desenvolver sentimentos por ela, sempre aproveitando momentos descontraídos e felizes juntas.

Isabela lançou um pequeno sorriso, transmitindo segurança a S/n, que retribuiu o gesto, sentindo-se acolhida. Após a apresentação dos hinos, o árbitro apitou e deu início ao jogo. O primeiro gol saiu aos 17 minutos do primeiro tempo, quando S/n fez um passe preciso para Duda Sampaio, que com maestria assistiu Vic para marcar o primeiro gol. A comemoração foi rápida, e logo as jogadoras voltaram a se concentrar. Porém, em uma jogada preocupante, uma jogadora do Santa Fé levantou a perna e acertou o supercílios de S/n, que caiu imediatamente. Isabela correu até ela, visivelmente preocupada, e sinalizou para a equipe médica. Após os devidos cuidados, S/n retornou ao campo.

Com o apito do primeiro tempo, as jogadoras se dirigiram ao vestiário, e Isabela não parava de perguntar se S/n estava bem.

— “Você está se sentindo melhor?” — perguntou Isabela, com um olhar ansioso.

— “Sim, estou ótima! Só um pequeno susto, mas já passou,” — respondeu S/n, sorrindo para a garota e apreciando a atenção que recebia.

O segundo tempo começou e, aos 65 minutos, S/n cobrou um escanteio perfeito, que resultou no segundo gol, marcado por Erika. A comemoração foi contida, e logo as meninas voltaram a se concentrar no jogo. Com o apito final, a vitória foi celebrada. S/n, cansada, sentou-se no campo, apoiando a testa nos joelhos e deixando as lágrimas escorrerem. Isabela não hesitou e correu até ela, pulando em cima da amiga e a abraçando.

— “Ei, não fique assim! Você foi incrível! Estamos juntas nessa, sempre!” — disse Isabela, tentando confortá-la.

S/n sentiu que era o momento certo. Com coragem, ela se virou para Isabela e disse:

— “Isabela, eu preciso te contar uma coisa... Eu gosto de você, de verdade. Você se tornou muito importante para mim e eu não posso mais guardar isso.”

Isabela ficou em choque por um momento, mas logo um sorriso tímido surgiu em seu rosto. Ela envolveu os braços nos ombros de S/n e sussurrou:

— “Eu também gosto de você, S/n. Sempre gostei, mas não sabia como te dizer.”

No vestiário, a festa estava a todo vapor, com risadas e diversão, mas a troca de olhares cúmplices entre Isabela e S/n não passou despercebida. As duas decidiram que precisariam conversar melhor sobre seus sentimentos em outro momento, mas Isabela garantiu que a reciprocidade estava ali, forte e clara.

Após a vitória na final da Libertadores, o clima no vestiário era de pura euforia. As jogadoras pulavam, dançavam e se abraçavam, celebrando não apenas o triunfo, mas também a união que o time havia construído ao longo da temporada. S/n e Isabela, no entanto, estavam em um pequeno mundo à parte. Ambas se lançaram em um olhar profundo e significativo, sentindo que algo havia mudado entre elas.

— “Quer sair um pouco? Precisamos conversar,” — sugeriu Isabela, puxando S/n para fora do vestiário antes que a festa se tornasse avassaladora.

As duas se afastaram do barulho e encontraram um canto tranquilo do estádio, onde a luz da lua iluminava suavemente o campo ainda vibrante da vitória. O silêncio ao redor parecia convidar a uma conversa sincera.

— “Então... sobre o que aconteceu mais cedo,” — começou S/n, nervosa, mas determinada. — “Eu realmente não esperava que você sentisse o mesmo por mim.”

Isabela sorriu, um sorriso que iluminou seu rosto. — “Eu sempre percebi algo especial em você. Desde o primeiro dia no clube, eu me sentia atraída por você, mas não sabia como agir. Agora, depois de tudo que passamos, sinto que não posso mais esconder.”

S/n respirou fundo, aliviada e feliz ao ouvir aquelas palavras. — “Eu estava tão nervosa, com medo de que você não quisesse me ver dessa forma. Mas não consigo mais ignorar o que sinto. Você é incrível, Isabela. Sua força, sua personalidade… tudo em você me encanta.”

Isabela deu um passo à frente, segurando as mãos de S/n entre as suas. — “E você é a razão pela qual eu sempre quero ser uma jogadora melhor. Você me inspira a ser mais do que eu sou. Não só como jogadora, mas como pessoa.”

As palavras de Isabela deixaram S/n com o coração acelerado. Ela nunca imaginou que a conexão que sentia pudesse ser tão recíproca. Com um gesto impulsivo, S/n se aproximou um pouco mais, olhando nos olhos de Isabela.

— “Então, o que fazemos agora? Como podemos lidar com isso?” — perguntou S/n, a expectativa fazendo sua voz tremer levemente.

Isabela sorriu, uma mistura de nervosismo e excitação. — “Podemos começar a nos conhecer melhor fora do campo. O que você acha de um encontro? Sem a pressão do futebol, apenas nós duas.”

S/n assentiu, sentindo que estava em um sonho. — “Adoraria! Que tal um passeio no parque amanhã? Podemos levar um lanche e aproveitar a companhia uma da outra.”

— “Perfeito!” — respondeu Isabela, piscando para S/n. — “E talvez eu possa te ensinar a fazer algumas jogadas novas enquanto isso.”

As duas riram, a tensão do momento se dissipando em meio aos sorrisos. Com a promessa de um novo começo, elas se afastaram do estádio, ainda envolvidas pela magia da vitória e pela nova conexão que estavam formando.

No dia seguinte, S/n acordou mais animada do que nunca. Ela se preparou com cuidado, escolhendo uma roupa que a fizesse sentir-se confiante e bonita. Enquanto se olhava no espelho, lembrou-se do que Isabela havia dito: ela a inspirava. E agora, mais do que nunca, sabia que estava prestes a embarcar em uma jornada emocionante, não apenas no futebol, mas também em seu coração.

Quando o sol começou a se pôr, S/n chegou ao parque, com uma cesta de piquenique em uma mão e o coração acelerado. Isabela apareceu pouco depois, com um sorriso radiante que fez o mundo ao redor parecer mais brilhante.

— “Oi, linda!” — saudou Isabela, e S/n sentiu as bochechas esquentarem.

— “Oi! Espero que você esteja pronta para um dia incrível,” — respondeu S/n, tentando controlar a ansiedade que a invadia.

As duas se instalaram em uma sombra agradável, conversando, rindo e compartilhando histórias. Cada momento parecia aprofundar a conexão que estavam construindo, e S/n percebeu que sua admiração por Isabela estava se transformando em algo ainda mais bonito.

Depois de comer, S/n decidiu que era hora de se abrir um pouco mais. — “Isabela, eu quero que você saiba que, independente de como as coisas se desenrolarem entre nós, eu estou aqui para você. Quero te apoiar, dentro e fora de campo.”

Isabela a olhou com um brilho nos olhos, tocando gentilmente a mão de S/n. — “Isso significa muito para mim. Nunca tive alguém que se importasse tanto assim. E eu prometo que vou fazer o mesmo por você.”

Nesse momento, S/n percebeu que estavam construindo algo especial, uma relação que ia além do futebol. E enquanto o sol se punha, um novo capítulo se iniciava para ambas, repleto de promessas, sorrisos e, acima de tudo, amor.

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