Jaqueline Ribeiro

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O sol da manhã filtrava-se pelas cortinas do meu novo quarto, iluminando cada canto e trazendo uma energia vibrante que eu não sentia há tempos. Era o começo de uma nova fase na minha vida como jogadora do Corinthians. O clube que sempre sonhei em defender, e agora, finalmente, eu estava aqui. Mas havia uma novidade que me deixava um pouco inquieta: eu teria que dividir o quarto com a nova contratada, a famosa s/n, uma jogadora que prometia muito.

Enquanto arrumava minhas coisas, refletia sobre o que poderia esperar dessa situação. S/n era conhecida não apenas por seu talento em campo, mas também por sua personalidade forte e carismática. Algumas pessoas a amavam, outras a odiavam, mas uma coisa era certa: ela não passava despercebida. E eu, Jaqueline, sempre fui alguém que preferiu trabalhar duro e focar no jogo a me envolver em dramas.

Quando s/n finalmente chegou, a atmosfera mudou. Ela entrou no quarto como se fosse a dona do lugar, com um sorriso largo e uma confiança que quase ofuscava a luz do sol. Eu a observei, de braços cruzados, enquanto ela começava a desempacotar suas coisas. O primeiro pensamento que me veio à mente foi como eu não queria que essa convivência se tornasse um campo de batalha.

"Oi, sou a s/n", ela disse, enquanto estendia a mão na minha direção.

"Jaqueline", respondi, sem muito entusiasmo, apertando sua mão rapidamente e voltando a olhar para a janela.

Estava claro que a primeira impressão não tinha sido das melhores. O silêncio se instalou, e eu podia sentir a tensão no ar. Eu não estava pronta para abrir mão do meu espaço, e ela parecia determinada a ocupar o dela. A primeira noite foi um verdadeiro teste de paciência.

No entanto, à medida que os dias foram passando, algo começou a mudar. S/n tinha um jeito único de iluminar o ambiente, e mesmo que eu tentasse me manter distante, era difícil não ser atraída por sua energia contagiante. Ela era engraçada e tinha um humor ácido que me fazia rir, mesmo quando eu não queria.

Certa noite, depois de um treino intenso, decidi que era hora de relaxar um pouco. Eu estava deitada na cama, tentando me concentrar em meu celular, quando ouvi s/n falando sozinha, como se estivesse ensaiando algo. Curiosa, levantei a cabeça e me deparei com ela fazendo algumas poses de futebol diante do espelho.

"Você se acha a estrela do time agora?", brinquei, não conseguindo conter o sorriso.

Ela se virou rapidamente, um olhar de desafio nos olhos. "E se eu me achar? Você não gostaria de ter uma companheira tão talentosa assim?"

"Talentosa, talvez. Mas você precisa de mais treino para ficar no meu nível", respondi, piscando para ela.

O clima entre nós começou a mudar. O que antes era uma competição silenciosa começou a se transformar em um flerte divertido. S/n me provocava, e eu não conseguia resistir em devolver as provocações. Cada dia que passava, a tensão se tornava mais palpável, e as barreiras que eu havia construído estavam começando a desmoronar.

Em uma tarde ensolarada, decidimos fazer uma competição de dribles na quadra. Enquanto corríamos de um lado para o outro, rindo e tentando superar uma a outra, percebi que estava me divertindo mais do que esperava. S/n tinha um jeito especial de me puxar para fora da minha zona de conforto. E, por um momento, esqueço que éramos apenas colegas de equipe e que eu deveria manter a distância.

"Você é rápida, mas não o suficiente para me vencer", ela gritou, com um sorriso travesso nos lábios.

"Desafie-me então!", eu disse, meu coração acelerando com a adrenalina da competição e da presença dela.

A partir daquele dia, nossos treinos se tornaram um verdadeiro espetáculo de flerte e diversão. Cada olhar, cada palavra trocada, era carregada de uma tensão que começava a me deixar confusa. Eu nunca havia me sentido assim em relação a uma colega de equipe antes.

Um dia, enquanto estávamos sentadas no sofá do nosso quarto, exaustas após um dia longo, s/n virou-se para mim e disse: "Você sabe, Jaque, eu acho que você é muito mais legal do que eu pensei no início."

Eu ri, um pouco surpresa. "E eu pensei que você era apenas uma estrela cheia de si."

Ela sorriu, e por um instante, o mundo ao nosso redor desapareceu. A conexão entre nós era inegável, e a tensão que havia se acumulado ao longo das semanas finalmente estava prestes a explodir.

"Quem diria que eu iria gostar de dividir um quarto com você?", eu disse, olhando em seus olhos.

"Quem diria que eu iria gostar de dividir um quarto com você também?", s/n respondeu, com um brilho nos olhos que me fez perceber que talvez essa convivência não fosse tão ruim assim.

E assim, entre flertes e provocações, começamos a escrever nossa própria história, um capítulo de cada vez. A rivalidade que um dia parecia intransponível agora se tornava uma parceria inesperada, e eu mal podia esperar para ver onde isso nos levaria.

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