Leila Ouahabi

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Era uma manhã fria em Manchester, e o ar estava carregado de expectativa enquanto eu caminhava em direção ao centro de treinamento do Manchester City. O som dos passos das minhas colegas de equipe ecoava ao meu redor, mas havia um peso em meu coração que tornava tudo mais difícil. Hoje, como em tantos outros dias, eu teria que enfrentar Leila Ouahabi. Minha ex-namorada. Minha antiga paixão.

Desde que terminamos, a vida não tinha sido a mesma. Tínhamos vivido momentos incríveis juntas, mas a pressão do futebol profissional e nossas diferenças acabaram nos afastando. Agora, estávamos lado a lado, jogando no mesmo clube, o que tornava tudo ainda mais complicado. Eu sabia que parte de mim ainda a amava, e isso tornava difícil ignorar a dor do passado.

Ao entrar no vestiário, senti meu coração acelerar. Leila estava lá, com seu típico espírito confiante, conversando com as outras jogadoras. Quando nossos olhares se cruzaram, um frio na barriga tomou conta de mim. Era como se o tempo tivesse congelado. Ela sorriu, mas eu sabia que havia uma barreira invisível entre nós, uma linha que não podíamos cruzar.

Durante o treino, tentava me concentrar, mas era impossível não perceber a maneira como Leila se movimentava em campo. Sua habilidade, a forma como ela driblava e passava a bola, tudo me lembrava dos momentos em que tínhamos jogado juntas, lado a lado. As risadas, as conversas sobre táticas e os planos para o futuro. Tudo parecia tão distante, e ao mesmo tempo, tão próximo.

A tensão aumentava dia após dia. Sentimentos não resolvidos pairavam no ar, e cada interação se tornava um campo minado. Era frustrante. Se eu pudesse simplesmente desligar meus sentimentos, tudo seria mais fácil. Mas não era tão simples assim.

Após um treino particularmente intenso, decidi que precisava falar com ela. Minha mente estava agitada, e a ideia de deixar as coisas como estavam me incomodava. Então, encontrei Leila sozinha em um canto do campo, olhando para o horizonte.

— Leila — chamei, minha voz tremendo levemente.

Ela se virou, e por um momento, tudo o que eu tinha planejado dizer desapareceu. O olhar dela era intenso, cheio de emoções que eu conhecia bem.

— Oi, S/N — respondeu, sua voz suave, mas com um toque de hesitação.

— Precisamos falar sobre nós — comecei, sentindo o peso das palavras.

Ela suspirou, como se estivesse esperando por esse momento.

— Eu sei. É difícil estar aqui com você. Não consigo ignorar o que sentimos, mesmo depois de tudo — disse Leila, a sinceridade em sua voz me atingindo como um soco no estômago.

— Eu também não consigo. Sinto que estamos perdendo algo importante ao ignorar isso — confessei, a emoção transbordando em minha voz.

Leila deu um passo à frente, e por um instante, o mundo ao nosso redor desapareceu. Era apenas nós duas, cercadas por memórias e sentimentos não ditos.

— Podemos tentar ser amigas — sugeriu Leila, sua expressão esperançosa.

— Amigas... — repeti, considerando a ideia. Talvez fosse o melhor caminho. Mas, ao mesmo tempo, a palavra soou vazia. Eu queria mais do que amizade. Queria voltar a sentir o que tínhamos.

— Não sei se consigo ser apenas sua amiga, Leila — admiti, a verdade escapando como um sussurro.

Ela balançou a cabeça, compreendendo.

— Eu também não sei. Mas, por enquanto, podemos tentar. Vamos focar no time e no futebol. Isso é o mais importante agora.

Concordei, embora soubesse que o caminho seria difícil. A conexão entre nós ainda estava lá, um fio invisível que nos ligava, mas decidir ignorá-lo era a única maneira de seguir em frente, pelo menos por enquanto.

Nos dias que se seguiram, tentamos nos adaptar. Em campo, nossa química era inegável, e as jogadas fluíam como antes. Mas nos momentos de pausa, a tensão entre nós se tornava palpável. O olhar dela ainda me fazia sentir coisas que eu não podia controlar.

Enquanto nos preparávamos para um torneio importante, percebi que, apesar dos desafios, havia uma parte de mim que ainda acreditava em nós. E, quando o apito final soou, trazendo vitória para o nosso time, eu soube que a batalha entre o que éramos e o que poderíamos ser ainda estava longe de terminar.

No fundo do meu coração, sabia que, independentemente do que acontecesse, Leila sempre estaria presente na minha vida. E, quem sabe um dia, poderíamos encontrar o caminho de volta uma para a outra.

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