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Após uma participação desastrosa nas Olimpíadas, onde a seleção francesa de futebol não conseguiu atingir suas expectativas, Elisa de Almeida estava em um momento difícil. As críticas eram severas e a pressão sobre suas costas era imensa. No entanto, a maior dor que Elisa sentia não vinha do campo, mas sim de sua vida pessoal. Sua namorada, S/N, havia terminado o relacionamento após uma série de desentendimentos e atitudes impulsivas de Elisa durante a competição.
Sentada em seu apartamento em Lyon, cercada por troféus e medalhas que agora pareciam pesados, Elisa refletia sobre tudo o que havia acontecido. Ela sabia que precisava de uma mudança. A perda de S/N era um golpe devastador, e ela estava determinada a reconquistá-la. Mas como poderia fazer isso se S/N estava tão ferida e decepcionada?
Nos dias seguintes, Elisa começou a se concentrar não apenas em seu futebol, mas também em se tornar uma pessoa melhor. Ela decidiu que a primeira coisa a fazer seria se desculpar sinceramente. Com o coração pesado, Elisa enviou uma mensagem para S/N, pedindo um encontro. Para sua surpresa, S/N aceitou, mas deixou claro que não seria fácil.
O encontro foi marcado em um café aconchegante, um lugar que costumavam frequentar juntas. Quando Elisa entrou, viu S/N sentada em uma mesa no canto, com uma expressão séria. O coração de Elisa disparou, mas ela sabia que precisava ser forte.
“Oi, S/N,” Elisa começou, sentando-se à sua frente. “Obrigada por vir.”
“Eu não estou aqui para facilitar as coisas, Elisa,” S/N respondeu, sua voz firme. “Você sabe que suas atitudes na Olimpíada machucaram não só você, mas a nós duas.”
“Eu sei. E eu sinto muito. Eu estava tão focada em ser a melhor jogadora que acabei esquecendo do que realmente importava,” Elisa disse, sua voz carregada de arrependimento. “Eu te deixei de lado e não quis ouvir você. Eu só queria ganhar.”
S/N cruzou os braços, observando Elisa com uma mistura de tristeza e raiva. “E agora? O que você espera que eu faça? Voltar atrás e fingir que nada aconteceu?”
Elisa respirou fundo, seus olhos brilhando com sinceridade. “Não estou pedindo para você esquecer. Só quero que você saiba que estou disposta a mudar. Quero reconquistar sua confiança, mas entendo que isso levará tempo.”
O silêncio pairou entre elas, e Elisa sentiu a tensão no ar. S/N olhou para a xícara de café em suas mãos, como se ponderasse suas palavras. “Você me decepcionou, Elisa. Eu te amava e vi você se perder naquele torneio. Eu só queria que você tivesse se importado mais comigo.”
“Eu me importo, S/N. Sempre me importei. Eu só... me perdi em meio à pressão,” Elisa disse, sua voz agora suave. “Se você me der uma chance, prometo que vou mostrar que sou melhor do que fui. Não só como jogadora, mas como parceira.”
S/N olhou nos olhos de Elisa, e por um momento, algo em seu coração se abriu. “Não será fácil. Eu não posso simplesmente esquecer tudo o que aconteceu,” ela respondeu, sua voz ainda cheia de cautela.
“Eu não espero que seja. Estou disposta a lutar por você, por nós. Vou fazer o que for preciso,” Elisa afirmou, seu olhar determinado.
As semanas seguintes foram um desafio para Elisa. Ela começou a se dedicar não apenas aos treinos, mas também a pequenos gestos que mostravam a S/N que ela estava mudando. Enviava mensagens de apoio, deixava bilhetes carinhosos e tentava ser a melhor versão de si mesma. S/N permaneceu cética, mas aos poucos começou a notar os esforços de Elisa.
Em um dia ensolarado, Elisa decidiu levar S/N para um piquenique no parque onde costumavam passar horas conversando e sonhando. Ela preparou sanduíches, frutas e até levou uma garrafa de vinho. Quando S/N chegou, o sorriso de Elisa iluminou seu rosto.
“Eu pensei que poderíamos ter um dia só nosso,” Elisa disse, com um brilho nos olhos.
S/N hesitou, mas acabou se sentando ao lado de Elisa. Elas conversaram sobre o passado, sobre suas frustrações e esperanças. Elisa ouvia atentamente, sem interromper, mostrando que finalmente estava disposta a ouvir.
Com o tempo, as barreiras começaram a se desfazer. S/N percebeu que Elisa estava realmente comprometida em mudar. As conversas se tornaram mais leves, e risos começaram a surgir novamente. Embora o caminho ainda fosse longo, uma nova esperança floresceu entre elas.
Certa noite, enquanto caminhavam sob as estrelas, Elisa parou e puxou S/N para mais perto. “Eu sei que ainda temos um longo caminho pela frente, mas quero que você saiba que estou aqui. Para você. Para nós.”
S/N olhou nos olhos de Elisa e, pela primeira vez em muito tempo, sentiu um calor no coração. “Eu também quero isso, Elisa. Mas precisamos ter paciência.”
Elisa sorriu, sabendo que estava disposta a lutar por cada passo dessa jornada. E assim, entre desafios e reconciliações, Elisa e S/N começaram a reconstruir seu amor, uma jogada de cada vez.
