ᗩсꤕ౹եმ⳽ ᥒმ ᥙᥒ౹ⱱꤕɾ⳽౹ძმძꤕ.

136 13 17
                                    

𝓐𝓷𝓽𝓱𝓸𝓷𝔂 𝓱𝓪𝓿𝓲𝓪 𝓶𝓮 𝓹𝓮𝓻𝓰𝓾𝓷𝓽𝓪𝓭𝓸 𝓼𝓮 𝓮𝓾 escolhia verdade ou desafio. Entretanto, meu entusiasmo pelo jogo havia se esvaído completamente. O cansaço já pesava sobre mim, e a negação de Anne sobre o ocorrido no armário havia me deixado profundamente magoada. Apesar disso, eu estava determinada a não demonstrar meus verdadeiros sentimentos para o grupo. Com um esforço considerável, forcei um sorriso em meus lábios, mascarando minha decepção.

— Verdade... - respondi, mantendo o sorriso artificial em meu rosto, na esperança de que ninguém percebesse minha inquietação interior.

— É verdade que você, dona Carolina, ficaria com alguém daqui? - Anthony indagou, um sorriso malicioso dançando em seus lábios enquanto seus olhos brilhavam com curiosidade.

— Não! - exclamei sem hesitação, minha resposta saindo mais rápido e enfática do que eu pretendia inicialmente.

— Nossa, que resposta rápida! Nem parou para pensar antes de responder! - Anthony comentou, visivelmente surpreso com minha reação imediata.

Pelo canto do olho, notei Anne me observando. Seu rosto estava contorcido em uma expressão de fúria mal contida, mas decidi ignorar completamente. Com um gesto despreocupado, dei de ombros, como se sua reação não tivesse importância alguma para mim.
À medida que a noite avançava, as rodadas de verdade ou desafio se multiplicavam. O ambiente ficava cada vez mais animado e descontraído, com risos e provocações ecoando pela sala. Gradualmente, percebi que todos ao meu redor começavam a apresentar sinais claros de embriaguez. Seus movimentos se tornavam mais descoordenados, suas vozes mais altas e suas risadas mais exageradas. Todos, é claro, exceto eu!

Minha sobriedade não era por acaso. Eu tinha plena consciência de que no dia seguinte teríamos um compromisso importante. Acordaríamos cedo para ir à universidade com tia Emma, e eu não queria correr o risco de estar de ressaca ou indisposta para essa ocasião. Enquanto observava meus amigos se entregando à bebida e à diversão desenfreada, não pude deixar de sentir uma pontada de inveja por sua despreocupação. No entanto, sabia que minha decisão de me manter sóbria era a mais sensata naquele momento.

— Eu... eu realmente preciso ir embora agora — disse Elisa, sua voz arrastada e entrecortada por pequenos soluços. Ela tentou se levantar, mas suas pernas bambas a traíram, fazendo-a cambalear perigosamente. — Amanhã... amanhã eu tenho que trabalhar, sabe? E Anthony também. Não podemos... não podemos chegar atrasados.

Não pude conter uma risada ao observar a cena que se desenrolava diante de mim. Mackenzie, completamente embriagada, agarrava-se desesperadamente a Saara, que por sua vez fazia malabarismos para manter as duas em pé. Era como assistir a uma dança desajeitada, com Saara servindo de âncora instável para sua amiga cambaleante.
Meu olhar vagou pela sala, captando mais cenas hilárias. Helena e George, perdidos em seu próprio mundo, estavam praticamente fundidos um ao outro, trocando beijos e carícias nada discretas. Era como se tivessem esquecido completamente que estavam em um ambiente cheio de pessoas.

E então havia Anne. Oh, Anne. Ela parecia estar em uma missão pessoal para drenar todo o estoque de bebida da casa. Com uma determinação quase admirável, ela virava um shot após o outro, como se estivesse tentando afogar alguma mágoa ou frustração em álcool. Parte de mim queria intervir, mas outra parte talvez a parte ainda magoada decidiu deixá-la lidar com as consequências de suas escolhas.

— Tudo bem então, nós vamos com vocês. - diz Mackenzie, sua voz embargada pelo álcool, enquanto puxa Saara com uma força desnecessária, quase fazendo as duas tropeçarem. Saara, por sua vez, tenta manter o equilíbrio por ambas, seus olhos semicerrados de cansaço e embriaguez.

A ᴀᴍɪɢᴀ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ɪʀᴍᴀ̃. - BᴜɪᴊʀᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora