A ᴀᴍɪɢᴀ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ɪʀᴍᴀ̃. - Bᴜɪᴊʀᴏʟ

Ⱀ౹գᥙꤕᥒ౹գᥙꤕ

— Meninas, que tal fazermos uma pausa para um café? - sugiro, olhando para Anne e Elisa enquanto caminhamos pela rua movimentada. O sol da tarde brilha suavemente sobre nós, e o ar fresco de outono nos envolve.

— Ótima ideia, Carolina! - exclama Anne, seus olhos azuis brilhando de animação. Ela ajusta a alça de sua bolsa de couro marrom sobre o ombro e continua. — Tem uma cafeteria adorável logo ali na esquina. As paredes são de tijolos expostos e eles têm os melhores croissants da cidade!

— Perfeito! Vamos lá! - concordo entusiasmada, já sentindo o aroma do café no ar. Meu estômago ronca levemente, lembrando-me que não tomamos café da manhã hoje.

Atravessamos a rua, desviando de um ciclista apressado, e chegamos à entrada da cafeteria. A fachada é acolhedora, com grandes janelas que permitem ver o interior aconchegante.

Entramos na cafeteria, o sino da porta tilintando suavemente. O ambiente acolhedor nos recebe com seu aroma de grãos recém-torrados e o som suave de jazz ao fundo. As paredes de tijolos à vista estão decoradas com quadros de arte moderna, e plantas pendentes dão um toque de frescor ao local.

— Olá, bom dia! - cumprimenta a barista sorridente, seus cabelos cacheados presos em um coque despojado. Ela usa um avental verde-escuro com o logo da cafeteria bordado. — O que vão querer? Temos uma promoção especial hoje: croissant grátis na compra de qualquer bebida grande.

Trocamos olhares animados entre nós antes de fazer nossos pedidos.

— Eu vou querer um cappuccino grande, por favor - pede Anne, observando as opções no cardápio de madeira pendurado atrás do balcão. O aroma de canela e café a faz salivar. — E vou aceitar a oferta do croissant, claro!

— Para mim, um latte grande com leite de amêndoas - digo, ajustando os óculos de armação dourada. — Vocês têm opção sem lactose para o croissant?

— Sim, temos uma versão vegana - responde a barista prontamente.

— Ótimo, então vou querer esse - sorrio, satisfeita.

— E eu vou de expresso duplo - finaliza Elisa, passando a mão pelos cabelos loiros. — Também grande, por favor. E um croissant tradicional.

Enquanto a barista prepara nossos pedidos com destreza, movendo-se eficientemente entre as máquinas reluzentes, noto Elisa mexendo em sua bolsa de couro preto, o cenho franzido em preocupação. Seus dedos vasculham o interior da bolsa com crescente ansiedade.

— Tudo bem, Elisa? - pergunto, notando a expressão preocupada em seu rosto. Seus olhos castanhos percorrem ansiosamente o interior de sua bolsa, as mãos tremendo levemente enquanto vasculham os compartimentos.

Elisa suspira profundamente antes de responder, um rubor suave tingindo suas bochechas. — Ah, é que esqueci minha carteira em casa - ela confessa, mordendo o lábio inferior. — Lembro-me de tê-la deixado sobre a cômoda esta manhã, junto com as chaves do carro. Que descuido o meu!

Sinto uma onda de empatia me invadir. Todos nós já passamos por situações semelhantes, e sei como pode ser constrangedor. — Não se preocupe, eu pago dessa vez - ofereço com um sorriso caloroso, colocando gentilmente minha mão sobre seu ombro. — Afinal, para que servem as amigas?

O alívio é visível no rosto de Elisa. Seus ombros relaxam e um sorriso agradecido ilumina suas feições. — Obrigada, Carol! Você é um anjo. Te devo essa, e prometo retribuir na próxima vez que sairmos - ela diz, apertando minha mão em gratidão.

— Não precisa agradecer, é um prazer - respondo, tirando meu cartão da carteira. — Além disso, tenho certeza de que você faria o mesmo por mim.