|12 | 𝑹𝑬𝑪𝑶𝑹𝑫𝑨𝑹

63 13 138
                                    



Eu poderia passar minha vida nessa doce redenção

Eu poderia me perder neste momento para sempre

Todo momento que eu passo com você

É um momento precioso

𝑰 𝑫𝒐𝒏'𝒕 𝑾𝒂𝒏𝒕 𝑻𝒐 𝑴𝒊𝒔𝒔 𝑨 𝑻𝒉𝒊𝒏𝒈𝒗 | 𝘈𝘦𝘳𝘰𝘴𝘮𝘪𝘵𝘩

𝑰 𝑫𝒐𝒏'𝒕 𝑾𝒂𝒏𝒕 𝑻𝒐 𝑴𝒊𝒔𝒔 𝑨 𝑻𝒉𝒊𝒏𝒈𝒗 | 𝘈𝘦𝘳𝘰𝘴𝘮𝘪𝘵𝘩

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Depois de várias taças de vinho e uma troca de perguntas que pareciam não ter fim, eu e Sorah estávamos cada vez mais próximos. O riso dela, alto e despreocupado, preenchia o ar, e eu me pegava sorrindo a cada gargalhada. Havia algo nela que fazia o tempo parecer insignificante, como se o mundo lá fora não existisse. Mas, assim como todos os momentos bons, o nosso foi interrompido pelo toque insistente do meu celular.

Nós dois nos olhamos, sem perceber o quão tarde havia ficado.

— Acha que ainda dá tempo de eu te levar a um lugar? — Ela perguntou, os olhos brilhando com um entusiasmo inocente, como se tivesse um segredo guardado, algo que só ela poderia me mostrar.

— Claro, desde que não me mate e dê meu corpo aos porcos — respondi em tom brincalhão, tentando esconder o leve desconforto que o toque do celular havia trazido. Ela revirou os olhos, mas com aquele sorriso brincalhão que eu amava.

— Tenho certeza de que Serena teria ideias melhores para se livrar do seu corpo — ela respondeu, fingindo seriedade.

— Com certeza! — Ri, enquanto começávamos a juntar as coisas do piquenique, mas meu celular tocou de novo, insistente, interrompendo o momento.

Sorah me lançou um olhar compreensivo, mesmo que eu sentisse o peso da expectativa em seus olhos. Ela sorriu gentilmente, aquele sorriso que dizia que estava tudo bem, mesmo que, no fundo, talvez não estivesse.

— Pode atender — ela sugeriu, ainda sorrindo. — Eu arrumo as coisas.

Hesitei. O toque do celular parecia ter mudado o ar entre nós, e eu me odiava por isso. Suspirei e me afastei alguns passos, atendendo a ligação.

— Tens exatamente dez minutos pra eu não te quebrar na porrada — rosnei, já ouvindo a voz arrastada e embriagada de Blayne do outro lado.

— Conseguimos, cara! — A voz dele era alta, e havia barulhos ao fundo. — Conseguimos a porra do CD! — Blayne anunciou, e eu podia imaginar o sorriso enorme no rosto dele.

— Caralho, sério? — A excitação percorreu meu corpo, mas logo desvaneceu quando meus olhos caíram sobre Sorah. Ela estava ali, arrumando o piquenique com tanto cuidado, como se quisesse prolongar o momento, talvez tentando manter o que restava daquela noite.

DISILLUSIONEDOnde histórias criam vida. Descubra agora