JUNGKOOK
Estou com os punhos cerrados sobre a pedra que circunda a pia.
A toalha enrolada na minha cintura é o lembrete de que faz meia hora que saí da banheira e tenho permanecido nessa posição.
Os ombros estão pesados e os pensamentos conturbados.
"Queria matá-lo", o fantasma afirmava atrás de mim, soltando em seguida uma gargaIhada tenebrosa que arrepiaria qualquer um que não estivesse acostumado com sua presença.
"Não teve coragem", sussurrava, movendo-se pelo banheiro e, ao mesmo tempo, dentro da minha mente.
Eu já não sei mais distinguir o que é real e o que é ilusão, só tenho certeza de que ela nunca me deixa em paz.
Há cinco anos que não tenho paz.
— Sim, sua escrota. Eu o mataria com minhas próprias mãos, arrancaria aquele pescoço lindo e jogaria na sua frente. Seria um espetáculo e tanto, tiraria nós dois do sofrimento. — Sua risada não era de felicidade, era macabra, um ser preso na escuridão, ódio e vingança.
"Você nunca o matará", minha pele se arrepiava ao senti-la me cercando, como se eu fosse sua presa.
Eu tive compaixão diante do estado do garoto.
Garoto?
Que se dane, tinha vinte anos, mas seu corpo tão maltratado não se desenvolvera.
Era parecido com um garoto e sua mente, tão inocente quanto um animalzinho dócil que acabara de nascer e ainda se aventurava a conhecer o novo mundo.
Iria encontrá-lo e matá-lo.
Finalmente, "Ela" mesma me mataria por ódio, pondo fim a tudo.
Pelo visto, a bruxa sabia que me faltaria coragem ao conhecê-lo.
A ligação não seria forte o suficiente para me deter de arrancar o seu pescoço, mas seu estado sim.
Como eu mataria um cachorrinho miúdo, assombrado e tão sofrido?
Ela sempre soube que eu não conseguiria, por isso não me impediu um segundo sequer de ir ao seu encontro.
Lutei contra a ligação o quanto pude, mas não aguentei mais, me sucumbi aos desejos insanos dela e procurei o garoto.
"Eles estão planejando sua morte”, sussurrava, rindo, como se fosse engraçado. “Vão arrancar seu pescoço, eu não vou deixar, você é meu, JungKook”, falava da minha família que tem planejado me matar desde que os trouxe para essa região.
Já notaram que não me importo com a existência deles e tenho outros planos.
Estou os usando como meus bonecos, caso precise, lutarão junto a mim, pois sou o líder.
Sabia que essa região era dominada por vampiros e, se preciso fosse, mataria a todos para obter o garoto.
Mas surpreendentemente, o velho escroto me deu o lobinho com muita facilidade em troca do amuleto.
Imbecil.
Agora tinha dois problemas: minha família e o garoto.
“Seu pai planeja matá-lo com o sangue dos mortos”, me contava.
Ela amava me torturar, não só com os planos da minha família.
Mas se o sangue dos mortos realmente me matasse, eu já teria tomado.
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Predestined to Vampire - Jikook (Livro 2)
FanfictionLobos, seres detestáveis. É por essa razão que matarei minha ligação, arrancarei seu pescocinho lindo. Sorri só ao pensar em quebrar o pescoço do meu predestinado...ou arrancarei seu coração... Terei tempo para decidir qual o melhor.