Capítulo 3

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IMUNDO 

Tentava tirar suas mãos dos meus dedos, mas era muito forte e as lágrimas me impediam de respirar, ele me arrastava pelo bar.

Suplicava para o In-soo não permitir, ele era mal, mas já o conhecia e só precisava ficar quietinho para não ser punido.

In-soo disse que serei o objeto sexual desse monstro e agora tenho um novo dono.

Queria gritar de dor, pois estava com os pés no gelo e doíam muito.

— Venha aqui, animalzinho. — Arregalei os olhos ao ser arremessado nos seus ombros, me pôs de cabeça para baixo e caminhou para longe da taberna. In-soo ria de mim, só me sobrava bater nas costas do senhor que me carregava. Rapidamente me jogou em cima de sua moto e fechei os olhos, agarrando no seu rosto, queria ser solto. — Não me faça lhe machucar.

Segurou meus braços com força e funguei com medo de suas íris bravas.

Baixei a cabeça e ele suspirou, toda a coragem que residia no meu corpo para tentar lutar escapuliu e, como um animal cativo, recuei.

— Muito bem, comprei para ser meu, não para mostrar as garrinhas. — Ridicularizou ao me ajeitar na moto, forçou uma perna de cada lado e pôs minhas mãos na frente, funguei ao senti-lo atrás de mim. Inclinou seu corpo por cima do meu, estremeci todinho quando pôs seu nariz no meu ombro e moveu algo na minha frente. — Até os porcos têm um cheiro melhor. — Estremeci quando o seu transporte me sacudiu, ele me apertou com suas pernas e braços ao sair com o veículo do estacionamento.

Mesmo que meu corpo sacudisse pelo motor e pelo frio, nada se assemelhava ao medo que corroía meu coração, conhecia In-soo a vida toda, sabia quais eram seus castigos, seus alimentos e minhas obrigações, e mesmo que sempre prometesse me abusar sexualmente, nunca o fez.

Esse senhor era diferente, nunca o vi, mas era cruel, ouvi a história que contou, ele matou alguém para conseguir aquele colar.

Parou a moto na estrada, no meio do nada e acreditei que começaria o meu fim ali.

Ele desceu e eu apertei minhas pálpebras com muita força esperando o pior.

— Jimin, esse será o seu novo nome. — Arrepiei-me quando jogou algo em cima do meu corpo, abri os olhos, amedrontado, e, instintivamente, os deixei enormes quando ele pôs suas duas mãos no meu rosto e me obrigou a encará- lo. — Prazer, Jimin. Meu nome é JungKook. Uma bruxa juntou nossas vidas. — Senti uma pontada no meu peito quando ele deslizou o dedo pela minha bochecha. — É uma criança, uma maldita criança. Me analisava intensamente. — Vista o casaco para não se congelar.

Soltou meu rosto e pegou meus braços enfiando-os nas mangas do casaco, era quentinho e o frio diminuiu sobrando apenas os tremores de medo.

— Não vou tocar em um fio de cabelo seu, não importa o que ouviu na taberna. — Tirou meus cabelos da testa. — Será tratado com respeito, me ouviu? — Não manifestei nenhuma ação. — Diga para mim se me ouviu, eu não machucarei você. — Retornou a segurar o meu rosto com suas duas mãos e minhas bochechas esquentaram por estarem entre seus dedos. — Acene a cabeça que entendeu. — Tive medo de negá-lo, então o obedeci. — Não sei se acenou por ter entendido ou por medo.

Bufou se afastando de mim e retornou para minhas costas, subiu e ligou o veículo, então saímos.

Continuei congelado, mas com menos frio, ele dirigiu pela estrada comigo à frente, seus braços me tocavam toda vez que movia o veículo na estrada e eu não queria, mas estava com tanto frio e cansado, que acabei curvando a cabeça no seu braço para não cair, ele não me empurrou para longe.

Predestined to Vampire - Jikook (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora