Capítulo 5

140 25 5
                                    

JIMIN

Não queria me mover e acordá-lo, ele parecia sereno dormindo, mas estava muito quente.

A cama era tão macia que pensei que fosse um sonho quando ele saiu do quarto e disse que eu devia dormir nela.

Eu até tentei, mas o barulho de todos era assustador e eu ouvia tudo.

Seu pai era mau, igual ao In-soo.

Encolhi com medo embaixo da cama, mas ele veio, me abraçou e contou histórias.

Eu gosto das suas histórias, são bonitas e felizes.

Dormi e não tive medo um segundo dele.

— Não consigo ouvir sua mente, mas escuto seu coração. Está agitado, animalzinho? — Seu tom saiu ronco e sonolento. — Fome ou calor? — Deslizou o dedo pelo meu braço e me arrepiei. — Calor. Ai dentro existe um lobo. — Me soltou lentamente e se afastou, olhando para o meu rosto, sorriu. — Está corado, não sinta vergonha. E essa maldita ligação, ela nos faz desejar coisas que não podemos. — Disse, tocando minha bochecha com os dedos. — Mesmo que seja lindo e tão delicado como um floco de neve. — Espreguiçou-se. — Ou que finalmente eu tenha tido uma noite completa de sono. — Seu sorriso desapareceu e ele deixou a mão cair da minha bochecha. — Teremos um longo dia. — Moveu-se da cama com rapidez e me assustei ao não o ver mais no quarto, até que voltou e estendeu a mão para mim. — Venha.

Ele não esperou eu segurar sua mão, me puxou para cima.

Só não caí, pois me pegou pela cintura e me pôs no chão, pois eu era muito pequeno comparado a ele, que era uma muralha.

Me levou para o banheiro e me pôs sentado em cima da pedra que rodeava a pia.

— Seria mais fácil se eu conseguisse ler seus pensamentos, Jimin. — Tirou os cabelos da minha testa. — Abra a boca.

Obedeci e me afastei quando ele pôs seu rosto perto da minha boca.

— Não tem um mau cheiro, que interessante. Essa é uma escova, escove seus dentes, igual eu faço. — Colocou o creme na escova e levei à boca, comecei a movimentar.

— Não estou tratando-o como criança, bruxa. Ele é uma criança, sua escrota. — Arregalei os olhos com suas palavras. — Oh, calma, Jimin. Não estou falando com você. Tem um demônio que me persegue. — Girou seus dedos pelo espaço e não vi nada no banheiro.
— Ele está com medo de ti, bruxa. — Ria e agia como se visse algo nas minhas costas. — Não toca nele, seu demônio.

Arrepiei-me quando senti algo na minha orelha.

Ele, vendo meu estado, me puxou para si, e eu agarrei seu pescoço, com medo.

— Pronto, ela é teimosa, não te machucará. — Acariciou minhas costas.
— Acha que eu sou louco?

Agitei a cabeça que não, pois senti algo tocando minha orelha.

E não o achava louco.

— Pelo visto, descobri o ponto fraco dela, ela se afasta quando você se aproxima de mim. Então fica pertinho assim. — Me soltou e riu ao ver meus olhos enormes. — Não tenha medo, nada de ruim acontecerá, escove os dentes.

Escovei os dentes, observando suas ações e as repetindo.

— É um animalzinho esperto, aprende rápido . — Lavou o rosto e também o fiz, repetindo todas as suas ações.

Me desceu e segurou minha mão, seguimos para fora do quarto.

Algumas pessoas passavam e cochichavam palavras feias sobre mim.

Predestined to Vampire - Jikook (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora