JUNGKOOK
Dirigia em alta velocidade.
A pista estava escorregadia e meu casaco não era suficiente para impedir que meu corpo esfriasse.
"JungKook."
— Quer me matar, mulher? — Xinguei ao ouvir seu sussurro perto da minha orelha.
"JungKook."
Agitei a cabeça e continuei dirigindo.
Nem mesmo quando vi seu espectro surgir na frente da estrada parei.
Atravessei por ela como se fosse uma neblina, e ela se desfez no ar.
"JungKook."
Ouvia-a, sentia-a e vivia vinte e quatro horas com sua presença.
No início foi insuportável, eu quase enlouqueci e tentei o suicidio três vezes.
Em nenhuma dessas tentativas obtive sucesso.
Eu era um condenado dela.
Antes de partir, prendeu minha alma na sua e não havia nada ou ninguém que pudesse me matar, apenas ela.
Sua presença era tão poderosa que a sentia na garupa da moto, agarrada à minha cintura.
Fazia cinco anos que eu vivia esse inferno e, quanto mais me aproximava do fim, mais poderosa ela se tornava no meu subconsciente.
Estacionei a moto junto a outras perto da taberna velha, um bar na estrada, localizado nas montanhas geladas e frequentado apenas por vampiros.
Um lugar frio, inóspito e sombrio, no fim do mundo.
Sacudi meu casaco e bati as botas no gelo para quebrar as camadas que haviam se formado nelas.
Suspirei pesadamente ao ver a frente da taberna, tão velha e descuidada, feita de madeira.
A porta foi aberta e alguém foi chutado para fora, desviei do corpo e entrei no lugar.
Não era quente, mas o fogo no fim do cômodo trazia um conforto melhor que o gelo que cobria tudo do lado de fora.
Marchei para o balcão, alguns homens se afastaram e me sentei no banco.
— Já sentiu falta da nossa bebida? — O dono esbravejou, cutucando o dente com um palito.
Era um vampiro de trezentos anos, viveu e viu coisas que com certeza lhe davam grandes vantagens em comparação aos outros.
— Uma bebida. — Pedi, pondo as mãos em cima do balcão.
Não estava muito lotado, provavelmente devido ao fato de ainda ser cedo.
— Na cidade, só falam da sua família, muito grandiosa para o nosso pequeno fim de mundo.
— Não duvido.
Despejei as duas doses na boca que desceram queimando a garganta.
Aqueles merdas odiaram a cidade e infelizmente para a má sorte deles, eu mando no clã do Norte.
Ou me obedecem ou me matam, e seria uma honra se tentassem me matar e eu realmente morresse.
A morte seria tão bem-vinda para mim... eles nem imaginam.
Mas é impossível morrer, já tentei esse ato e não obtive sucesso.
Pousei o copo no balcão e direcionei o olhar para o animalzinho assustado no canto.
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Predestined to Vampire - Jikook (Livro 2)
FanficLobos, seres detestáveis. É por essa razão que matarei minha ligação, arrancarei seu pescocinho lindo. Sorri só ao pensar em quebrar o pescoço do meu predestinado...ou arrancarei seu coração... Terei tempo para decidir qual o melhor.