CAPÍTULO DOZE

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Gostaria de prestar minhas sinceras condolências a todos os fãs do cantor Liam Payne que, assim como eu, cresceram ouvindo suas músicas e admirando seu trabalho. Confidencial tem diversas menções sobre vivências que muitos artistas já compartilharam sobre a indústria musical, incluindo o Liam. 

Ademais, espero que gostem do capítulo de hoje (já que vocês estão quase me infartando todo dia no X por uma atualização). Amo vocês e muito obrigada pelos 14K de vizualizações!

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Pov: Yoko Apasra

Eu odeio Faye Malisorn.

Eu odeio a forma como ela se acha superior à todos os outros; eu odeio seu jeito controlador; eu odeio sua frieza e grosseira; eu odeio não saber quase nada de sua vida pessoal; eu odeio sua forma protetora; eu odeio seu andar, falar... Mas principalmente, eu odeio ser atraída por cada um de seus pontos negativos.

Eu precisava urgentemente voltar a fazer terapia. Principalmente após beijar a minha segurança pessoal que eu tanto odiava.

Odeio, que eu odeio.

Muitas coisas haviam acontecido em apenas uma noite; Hailee havia flertado comigo do início ao fim da festa e eu havia correspondido, inclusive com um beijo, que felizmente não havia sido ruim, até meus lábios provarem o de outra pessoa. Eu também havia sido assediada pelo meu, até então, melhor amigo, e ele só não havia concluído seu objetivo graças à minha segurança, que estava tão consumida pelo ódio que quase não o deixou sair vivo dali.

Mas eu não conseguia sentir nada em relação a isso... Eu não poderia estar me acostumando com assédio, ou poderia?

Ciize sempre me falou muito sobre o assédio dentro da indústria, seja da música, cinema ou da moda, e alertou-me que ele poderia vir de todos os lados, incluindo de pessoas próximas, mas eu não havia acreditado até então... Eu era assediada todos os dias pelos paparazzis, antes de Malisorn, Ize servia de escudo contra eles e até mesmo bateu na mão de um fotógrafo que tentou me apalpar. O assédio também vinha verbalmente, seja em alguns gritos na rua dizendo palavras desconfortáveis ou em comentários nas minhas redes sociais. Alguns fãs realmente passavam dos limites.

Mas a atitude de Big havia sido bem mais grave... por que eu não conseguia sentir nada?

Talvez porque minha cabeça estava imersa demais em Faye Malisorn, minha maldita segurança particular.

Minhas atitudes e movimentações após a nossa cena no banheiro não foram calculadas, eu me deixei levar pela raiva e tesão. O beijo em Hailee não havia sido 100% para provocá-la, eu sabia que seus olhos estariam sobre mim, mas talvez a quantidade de álcool em meu organismo tenha ascendido uma vontade genuína de beijar a cantora. Afinal, me envolver com ela seria muito mais fácil.

A escolha do meu pijama lingerie seguiu na mesma linha, eu não tinha certeza que Malisorn estaria acordada quando saí do banho, mas ao averiguar que ela não estava em seu quarto segui em direção aos outros cômodos da casa até encontrá-la. Eu só não imaginava que minha provocação iria descontrolá-la ao ponto de literalmente beijar-me.

Ela havia me beijado.

Faye Malisorn havia me beijado.

Eu beijei Faye Malisorn.

Eu beijei a porra da minha segurança pessoal. E isso com certeza será a minha sina.

Seu beijo era viciante, urgente, anestesiante. A cada movimento de sua língua eu sentia algo crescer dentro de mim, uma chama quente que queimava todo o meu interior de uma forma excitante. Suas mãos possessivas em mim me faziam desejá-la mais e mais, meus gemidos praticamente imploravam por toques mais íntimos. Meu corpo almejava por ela, mas essa filha da puta estava, mais uma vez, apenas brincando com os meus sentimentos.

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