CAPÍTULO DEZOITO

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AVISOS IMPORTANTES: Este capítulo já estava programado antes mesmo de toda a polêmica envolvendo os casos de Diddy, não estou me aproveitando de NENHUMA situação. Antes disso, todos sabíamos que a indústria musical era podre.

Segunda coisa, o capítulo pode ser desconfortável pois faz menção a *DROGAS e ASSÉDIO* Como também contém cenas de *VIOLÊNCIA*. Peço que leiam com cautela e responsabilidade.

PS: o capítulo NÃO contém abuso sexual.

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Pov: Yoko Apasra

120 bpm (batimentos por minutos). Essa era a frequência cardíaca que apontava no meu relógio digital enquanto eu tentava, em vão, me acalmar no banco da luxuosa limusine de Miami Dobrev. 

Antes de sairmos oficialmente para a festa, meu produtor entregou-me um vestido vermelho, pois de acordo com ele, o dress code da festa era: Homens de branco e mulheres de vermelho. A peça era fina e elegante, porém, contava com um enorme decote na região dos seios, assim como uma barra um tanto quanto curta. 

Eu nunca me importei com roupas consideradas "vulgares", mas nesse caso, Miami havia escolhido o vestido para mim, logo, eu não pude deixar de me sentir incomodada. Sem contar o fato de estar completamente sozinha, algo que não acontecia há muitos meses.

Faye Malisorn sempre estava por perto. 

É engraçado pensar que, no início, a ideia de uma completa desconhecida me perseguir de um lado para o outro, como uma babá, me pareceu um tanto quanto absurda. Eu só não imaginava que a mesma mulher que estaria ao meu lado vinte e quatro horas, também seria a mulher que domaria por completo o meu coração. 

Eu não só precisava de Malisorn como almejava que ela estivesse ao meu lado em todos os momentos.

Principalmente em uma festa rodeada de pessoas as quais eu não tinha a menor ideia de quem eram, e muito menos o que queriam comigo. Eu não sou ingênua, sei muito bem que Miami apenas me trouxe para exibir-me como um troféu. 

Ele, inclusive, estava sentado em minha frente, com ambos os seus seguranças um de cada lado, e mexia atentamente em seu celular enquanto bebia uma taça de champagne. Eu apenas observava todos os cantos daquele veículo pensando em que momento poderia ir embora.

- Está ansiosa, Apasra? - O homem quebra o silêncio incômodo do veículo. Eu dou um meio sorriso em sua direção, engolindo o seco antes de responder. Abro a boca mas nenhuma palavra sai, então me limito a balançar a cabeça negativamente. 

E lá estava o maldito sorriso diabólico de novo. Um calafrio percorre todo o meu corpo. 

- Beba um pouco de champagne, vai ajudar. - Ele alcança uma taça. Um dos seus seguranças serve o líquido e meu produtor estende o líquido em minha direção.

Eu não deveria beber, deveria? Mas acho que álcool seria a única saída para o meu nervosismo extremo. Sem pensar muito, aceito a taça com um sorriso simpático, nós brindamos e eu termino a taça em poucos minutos, deixando Miami com uma expressão surpresa no rosto. 

O caminho não durou muito mais tempo, logo a limusine estacionou em frente à uma enorme mansão, que parecia mais um palácio, repleta de carros tão luxuosos quanto o veículo em que estávamos. Não haviam fotógrafos e nem jornalistas, era uma festa privada e, com certeza, ninguém gostaria que os acontecimentos daquele evento vazassem. 

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