Capítulo 14 - Um pouco sobre você.

5 1 0
                                    



   Os dias se passavam. E a cada dia, parecia mais se prolongar para que fosse o dia do nosso reencontro. meu coração batia impulsivamente pelo o formoso jovem de madeixas lilá e olhos intensamente azuis. Que saudade sentia daquele gentil elegante cavalheiro, mas somente poderia sentir a sua presença, amizade e carinho em loucos devaneios de sonhos e delírios em desperto.

já fazia uns 2 meses que o médico havia retirado o gesso de meu tornozelo, agora quase conseguia andar normalmente sem me esforçar. com exceção as manobras e o skate, que não mais praticava pelas as calçadas e rampas do bairro.

As dez da manhã, em minha cama, apesar de que naquele horário deveria estar frequentando normalmente as aulas, aquele dia por alguma causa prévia sem razão e justificativa não comparece a escola. Porem a indolência, desânimo e a inatividade, vinha a ser principal motivo real de ainda estar ali deitada, meio sonolenta.

me desperto com a presença intrigante de Uub abrindo a janela e as cortinas. emitindo imenso clarão de luz penetrante em minhas pupilas, fazendo com que toda a luminosidade contraíssem a nitidez de minha visão.

Teríamos ensaio pela as duas da tarde, com a galera da banda de rock roll, que juntamente com Uub havíamos formado a quatro dias atrás. Por causa de meu tornozelo, meus pais me proibiram de sair para locais do qual não fossem a escola, igreja e a casa de meus avós. Uub e o restante da banda sempre passavam a tarde em minha casa, após saírem da aula, antes indo até suas casas almoçarem. Algumas semanas atrás desocupamos um pequeno espaço na garagem para que pudéssemos ensaiar sem sermos interrompidos pelo o inoportuno de meu pai nos incomodando por conta do ruído estrondeante dos instrumentos musicais ligados aos amplificadores de som.

Após Uub ter me feito despertar, me levantei de cima do tumulto de lençóis e cobertores que estavam revirados sobre minha cama. Fiz minhas higienes matinais e tomei café, voltei para o meu quarto que como sempre de costume estava uma revira volta, zona total.

_ Pan, onde esta a cifra da musica, que você compôs?_ Uub se levantou do chão onde estava sentado, com as baquetas da bateria em suas mãos.

_ procure...deva estar por aí! _ me joguei com o corpo em minha cama. _ com certeza, entre meio aos outros papéis que estão ao chão. _ disse para ele, convencida de que não encontraríamos tão facilmente. pois nem mesmo meus trabalhos escolares, mantinham organizados, como de costume sempre teriam de procurarem ou até mesmo refazerem outros.

_ nossa... que zorra! _ Uub balançava a cabeça negativamente, ao estar a observar o local onde passávamos a maior parte de nosso tempo; está sendo infestado por meus pertences íntimos, restos de comida e lixos espalhados por toda a parte. _ isto é uma calamidade! Que absurdo! parece que você não arruma o seu quarto, já faz uns seis meses?! Daqui a pouco ira dificultar a entrada e a saída deste local. é provável que esta acumulando insetos! _ disse ele sarcástico, enquanto parecia repudiar o ambiente que mais se coincidia com um terreno baldio repleto de entulhos, mas ao invés de céu aberto, a quatro paredes.

_ não tenho tempo para que possa me preocupar em reorganizar a casa. _ o responde em um debochado tom de voz. ao roerem os esmaltes pretos em minhas unhas. _ Por isso tenho a minha mãe! _ me agachei junto a ele ao chão para procurarmos a cifra.

Realmente meu quarto estava muito desorganizado. E não iríamos encontrar a cifra tão facilmente. Seria como procurar uma agulha em um grande palheiro. Ao estarmos a procura da cifra de minha última composição; Uub pode notar algo dourado e cintilante resplandecente entre meio os papéis ao chão.

_ o que é isto?_ ele retirou os papéis de cima, do objeto.

_ parece ser um Rosário de ouro! _ o responde enquanto caminhava de joelhos ate ao lado dele.

Um dia meu primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora