Quinta-feira é feriado aqui em São Paulo, e os meninos decidiram ir viajar, vamos para o Rio na quarta à noite depois do jogo deles e vamos voltar domingo à noite, porque eles vão se reapresentar na segunda.
Eles meio que ganharam alguns dias de folga, e vão aproveitar da melhor forma, passar uns dias em Arraial do Cabo, amo!
O feriado é na quinta, mas vai enforcar sexta, e no final de semana eles não vão jogar, aí decidiram viajar, e eu vou junto. A princípio só vai o meu grupinho, que é composto pelos solteiros do time, o único que namora é o Endrick, e ele vai ir sem a minha amiga por que ela está viajando a trabalho e só volta daqui a três semanas.
Os casados do time não vão, e melhor assim, vai ser a própria putaria, do jeitinho que eu amo, só espero que meu irmão não me estresse.
Ah, e sim, o Ríos vai, ele dormiu aqui em casa ontem, e quando o assunto surgiu no grupo ele ficou animado e topou, não sei o porque, mas eu acho que essa viagem não vai ser uma boa coisa, algo dentro de mim fala isso.
Eu estou saindo da faculdade agora e vou ir almoçar com a minha mamãe, ela veio aqui pra SP pra resolver algumas coisas da empresa e aproveitou e veio me ver.
— Que saudades, meu amor! — Me abraçou assim que me viu se aproximando do carro dela. — Tá tão magrinha minha filha, tem se alimentado direito? Tá dormindo certinho? Estou te achando tão abatida.
Se ela soubesse o motivo de eu estar assim me deserdaria como filha, certeza!
— Estou, mãe. Como no horário certo, estou assim só pela rotina cansativa, facilmente acabando, estágio também acabando, coisas pra resolver, aí eu fico assim, mas está tudo bem comigo.
— Hum, mas me fala como estão as coisas por aqui, e o Rapha? Seu pai? Eles estão bem?
— Os dois estão ótimos, meu pai está bem, e o meu irmão está na sua melhor fase do futebol. Todos muito bem. — Ela deu partida com o carro indo em direção a um dos meus restaurantes favoritos daqui de SP. Lá tem as melhores massas da vida.
— Minha filha, eu estava conversando com as minhas amigas esses dias, e me peguei pensando, quando que você vai me apresentar um genro?
— Mãe! — Juro, as pessoas que fazem parte do meu ciclo social estão cada vez mais atrevidas nas perguntas, um me pergunta quando eu vou dar o cu pra ele, ainda pergunta quando estamos na mesa do café da manhã, aí vem a minha mãe e me pergunta quando eu vou desencalhar, vê se eu posso com isso!
— É verdade minha filha, os filhos das minhas amigas tudo estão casando, namorando, noivando, tendo filho, e eu só quero saber quando eu vou conhecer o seu namorado.
— Que namorado? Por que se tivesse, com toda a certeza do mundo a senhora já teria conhecido.
— Não tem namorado? — Fiz que não com a cabeça. — Então me fala o porque do seu pescoço está com um chupão? Foi o vento que fez?
Eu vou matar o Ríos! Falei pra ele não deixar marca, aí o filha da puta vai lá e faz ao contrário do que eu falei. Só matando mesmo.
— Namorado não tem, mas ficante talvez. — Falei isso pra ela olhando pra parede, maior vergonha, como que olha pra minha mãe sendo que ela sabe que eu transei ontem?
— E quem seria o sortudo? — Me olhou, e foi então que eu percebi que estamos presa em um puta engarrafamento.
— Richard Ríos, conhece? Joga com o Rapha, ele é o camisa 27 do Palmeiras.
— É óbvio que eu conheço, não só eu como meio mundo também. O Rapha sabe disso?
— Lógico que não, ele mata o Ríos se souber desse nosso caso.
— E desde quando isso vem acontecendo?
O trânsito finalmente decidiu andar e eu decidi contar pra minha mãe como começou isso tudo entre eu e o colombiano safado.
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amor em jogo; Richard Ríos
Fanfiction"Eu não tava procurando nada assim Mas, quando a gente vê, já foi de corpo todo Foi tomando alma e corpo pouco a pouco Quando eu vi já tava amando você Tão fácil, e fiquei mal-acostumado Com você aqui, sério, me senti De um jeito novo do teu lado"