"Eu não tava procurando nada assim
Mas, quando a gente vê, já foi de corpo todo
Foi tomando alma e corpo pouco a pouco
Quando eu vi já tava amando você
Tão fácil, e fiquei mal-acostumado
Com você aqui, sério, me senti
De um jeito novo do teu lado"
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Hoje seria mais um dia normal na minha vida se eu não tivesse recebido uma ligação do Veiga me avisando que mais tarde tem uma festa pra ir, sim, ele marca os compromissos dele e me põe no meio sem nem me avisar.
Ele nem perguntou se eu queria ir, apenas ligou e disse que às 20:00 passaria pra me buscar lá em casa, a única coisa que eu sei é que a festa de aniversário do Menino, fora isso não sei mais de nada.
Eu estou saindo da faculdade agora e indo pro estacionamento buscar meu carro para ir pra casa e ver a roupa de mais tarde.
Por mais que eu não estivesse muito animada, eu não vou sair feia por aí só por causa do desânimo, eu prefiro ser a mais arrumada do rolê do que ser a mais simples, carrego essa frase comigo com se ela fosse minha religião, e eu super sigo arrisca.
Nem me apresentei, bom, me chamo Marina Veiga, tenho 22 anos, curso nutrição e as vezes faço umas publis, mas não é muito a minha praia não, eu só sou "famosa" por conta do Raphael, por que se dependesse de mim eu seria anônima.
Não gosto muito de ficar expondo minha vida na internet não, eu sempre estou aparecendo nos meus story, mas é muito raro eu falar e essas coisas, eu apareço mais pra postar fotos e uns vídeos bem aesthetic, digamos assim, e eu prefiro continuar não aparecendo.
E mesmo eu não aparecendo muito e nem dando muitos motivos para a mídia e os sites de fofoca falarem de mim, eles falam mesmo assim, e é cada mentira que eu fico em choque com a criatividade deles.
Mas enfim, estacionei o meu carro na minha vaga aqui do prédio onde eu moro, e peguei o elevador indo direto pro meu andar.
Entrei em casa e fui deixando todas as minhas coisas em cima da mesa de jantar e fui direto para o meu quarto decidir a roupa que eu vou usar, a única preferência para esse look é algo bem quente, por que São Paulo é maluco, agora pela manhã está fresco, um tempo ideal, mas mais tarde com certeza vai esfriar, e eu não quero passar frio.
(...)
Acabei de sair do banho, já são 19:15 e eu preciso andar mais rápido, o Veiga odeia atrasos e é bem capaz se ele chegar aqui e eu não estiver pronta ele me deixar pra trás, eu sei porque já ele já fez isso algumas vezes.
Eu coloquei uma blusa preta de manga cumprida e gola alta, uma calça mom jeans, um cinto preto com detalhes dourados, um coturno de salto alto e para finalizar eu coloquei só um cordão com um pontinho de luz e uma bolsa preta com detalhes em dourado também, para combinar com o resto do look. E no cabelo eu fiz babyliss, e na maquiagem eu fiz algo bem levinho, só um corretivo, blush, iluminador, fiz um gatinho impecável, como eu tenho extensão de cílios, não fiz nada neles e na boca coloquei um vermelho, passei meu perfume e fui arrumar a bolsa com coisas importantes, documentos, cartões, dinheiro e minha habilitação.
São 19:57 quando eu recebo uma ligação do meu irmão avisando que já estava lá em baixo, aviso que só vou trancar a casa e já estou descendo, tranco tudo e apago as luzes, chamo o elevador, que por milagre divino chegou rápido demais.
Entro no carro e o Rapha está mexendo no celular, parece que está falando com alguém, porque ele está muito concentrado e sério, assim que ele para de digitar e antes de da partida eu pergunto sobre a roupa pra ele.
— Gostou da roupa? — pergunto pro meu irmão assim que ele larga o celular
— Gostei, tá linda!
— Obrigada meu lindo, mas aí, estava falando com quem no celular, parecia ser assunto sério.
— Nada demais, se preocupa não, podemos ir? — deixo de lado esse negócio do celular e falo pra ele que pode dar partida.
