prólogo

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Eu não poderia deixar eles saberem, ou se quer pensarem que ela exista

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Eu não poderia deixar eles saberem, ou se quer pensarem que ela exista.

Não é seguro.

Observo a minha mãe segurar o meu anjinho no colo, ela estava sonolenta porque foi tirada as pressas da cama, eu não podia imaginar o que aconteceria com ela, eu não quero imaginar o que a minha menina vai passar daqui pra frente.

- Venha aqui, meu anjinho! - Eu a chamo de braços abertos.

Lily veio correndo, mas ainda sonolenta se encaixando em meus braços. Ela é uma menina esperta e inteligente, seus belos olhos azuis, cabelos negros como a noite e sua pele clara como a Lua, encantam qualquer um.

- O papai tem uma missão importante, e eu vou demorar pra voltar...

- Papai vai embora? - Ela murmura.

- Não, não! Eu vou voltar, por você.

- Promete?

- Eu prometo, pela minha vida!

Eu a abraço o mais forte que posso, não quero deixar ela. Mas eu não vou me perdoar se algo acontecer!

Olho para mamãe que está chorando. Me levanto com Lily no colo.

- Não se preocupe mãe, eles não vão me achar.

- E se acharem?

- Não vão! Eu Voltarei quando as coisas tiverem melhor, quando a poeira abaixar.

O suspiro da minha mãe, é como facadas do meu coração. Não suporto a ideia de deixar a minha família para trás. A mãe de Lily se aproxima a tirando do meu colo.

- Vai tarde! - Ela resmunga.

- Mas Voltarei, quando menos esperar. - me abaixo pegando as malas, havia apenas roupas, minhas armas já estavam no jatinho particular.

- Espero que não volte, Lily nem vai lembrar da sua existência. Vou fazer questão de apagar cada memória que exista de você.

Não, não vai.

- Você é um monstro. - sussurro.

- Não, o monstro sempre foi você!

Ela se afasta de mim, indo até a minha mãe. Eu não a culpo por me odiar, eu deveria ter contado a ela mais cedo, mas o medo de perder ela era pior do que o medo dela me odiar pelo resto de minha vida.

- Amo vocês! - me despeço da minha mãe, da minha filha e finalmente da minha esposa, a minha amada esposa.

- Eu odeio você.

- E eu amo você, com todo o meu coração. Porque você é a única e a última que vai tê-lo.

Vejo as bochechas dela ficarem vermelhas, ela fica mais linda assim, a minha vontade de provocar ela só cresce, como eu poderia odiar a mãe da minha filha, aquela que tem meu coração na palma das mãos.

Me dirijo a porta da mansão. Meus passos são pesados, e minha respiração é desregulada. Apertei a mandíbula, eu não podia chorar. Mas é inevitável!
Meus homens me esperavam no portão, a chuva estava se intensificando, me viro para trás, vendo a minha família. Deixo as lágrimas caírem assim que entro no carro.

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Obsessão - Propriedade De Dois Onde histórias criam vida. Descubra agora