capítulo 4

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Me ajeitei na cama quando o médico apareceu na porta

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Me ajeitei na cama quando o médico apareceu na porta. Eu não sei quem me trouxe para o hospital, talvez o Luca.

- Como está se sentindo? - o médico pergunta em um tom gentil.

- Bem.

- Que bom! - ele sorri.

- Você é novo?

- Não, por que? - ele me fita com aqueles olhos castanhos.

- Eu nunca o vi aqui. - eu explico - Quem me trouxe para o hospital?

Eu precisava perguntar. A minha curiosidade um dia vai me matar. O médico da um sorriso de lado antes de responder.

- A pessoa pediu para você usar a imaginação. - ele ri, como se fosse uma piada.

- Usar a imaginação? - eu repito. Soando o mais brega possível.

- Ele também deixou esses presentes ai do lado. - viro meu rosto vendo um buquê de rosas, uma carta e uma caixa.

Não. Não pode ser!

Me apressei pegando o cartão no meio do buquê. Sim, como eu imaginei. Um cartão preto com um desenho de uma peça de xadrez atrás. Olhei em volta, mas o médico já havia ido embora. Eu não acredito que estive tão perto de conhecer ele.
Tão perto, mas tão longe.

Mas agora eu tenho certeza que é um homem, são várias perguntas rodando a minha mente, e todas sem resposta. Vejo o médico entrar novamente com uma bandeja de café completo, mas eu não tenho dinheiro para pagar a minha estadia aqui.

- Não se preocupe, ele já pagou tudo! - ele fala lendo a minha mente.

- Sério? Sem brincadeira? - abri um enorme sorriso.

- Eu não brinco em serviço. - ele fala soando um pouco rude.

- Qual é o seu nome?

- Você faz perguntas demais. - ele murmura retirando a faixa da minha cabeça, e logo em seguida colocando um curativo na ferida. - Mas você pode me chamar de Theo!

- Theo. - eu experimento o soar do nome dele sai entre meus lábios. - E um nome bonito!

- Eu não gosto... - ele sorri. - Mas gosto quando você fala ele.

Sinto minhas bochechas queimarem com o comentário dele. Observando mais de perto, Theo era bem alto, ele tinha tatuagens cobrindo o seu braço direito indo até o peitoral, onde os botões do jaleco estava aberto.

- Vamos fazer alguns testes, para ter certeza que está bem. - ele levanta o dedo indicador. - quero que siga meu dedo com os olhos.

E assim eu faço. Me lembro de quando eu tinha 8 anos, eu odiava os médicos e tinha pavor de hospital, era sempre a minha vó que me levava para as consultas. Minha mãe nunca me acompanhou, na verdade ela nunca me ensinou nada, nunca se importou.

Obsessão - Propriedade De Dois Onde histórias criam vida. Descubra agora