Linhas do destino ou vinhas de espinhos... Lanças angelicais ou punhais infernais...
Tantas e tantas coisas estão entrelaçadas, assim como a luz e as trevas, e como a vida e a morte...
Destinos que foram forçados a se cruzar, ou já tinham traços a s...
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Meu corpo estava completamente banhado pela entorpecia daquele momento, minha mente vagava, ecoava repetidas vezes o momento em que Asmodeus disse aquelas palavras.
Eu te amo Ary...
Três palavras. Eram somente três palavras, que carregavam tanta coisa para mim.
Claro, qualquer um irá dizer que Asmodeus só disse isso para me levar para cama, mas qual a necessidade de ele dizer algo que eu queira tanto somente para se deitar comigo quando ele sabe que meu corpo e alma o deseja?
Eu não queria pensar nisso, queria me deleitar naquele momento e se fosse ilusão, queria me manter nela, pelo menos um pouquinho. Me manter em um mundo onde estar com ele não parecesse loucura.
Mas, infelizmente eu vivo no mundo real onde desejar fortemente uma coisa parece ser loucura ou obsessão.
Quando abri meus olhos, Asmodeus estava me encarando um com sorriso bobo e aquilo me fez dar uma risada.
— Por quê está me olhando assim? – Perguntei franzino a testa, retirando alguns cabelos do meu rosto.
— Assim como? – Perguntou ele com uma pequena risada.
— Com cara de quem está olhando para a coisa mais preciosa do mundo... – Murmurei dando de ombros o encarando.
— Eu estou olhando para a coisa mais preciosa do mundo... – Sussurrou ele se aproximando de mim me fazendo franzir a testa — Estou olhando para você... Meu anjo vermelho.
— Você sabe que isso não muda tudo o que aconteceu, não é? – Perguntei erguendo uma sobrancelha, levando uma das minhas mãos para retirar o cabelo que estava próximo ao meu lábio.
— Eu sei... – Sussurrou ele soltando um ar de forma pesada enquanto se virava para encarar o teto. — Sei o quão mal eu te fiz...
— É... Você fez... – Sussurrei sentindo um grande nó se formando em minha garganta.
Lembranças das noites em agonia que passei invadiam minha cabeça, noites da qual passei arranhando meu próprio rosto na tentativa de arrancar meus olhos e parar de chorar. Aquela dor, não vai sumir tão facilmente de mim.
E o que me dá mais medo, é que esses dias ainda me assombra, igualmente como a maldição, junto com meus pesadelos.
— Ary me... – Começou ele, mas o impedi de continuar levando um dos meus dedos aos lábios dele.
— Vai levar tempo... O que fizemos aqui não vai apagar nenhuma das lágrimas que eu derramei... – Sussurrei com um nó horrível se formando em minha garganta.
Os olhos de Asmodeus pareciam tristes enquanto ele me encarava, sei que para nenhum de nós dois estava sendo fácil. Mas, com toda certeza, doía mais em mim.
