Linhas do destino ou vinhas de espinhos... Lanças angelicais ou punhais infernais...
Tantas e tantas coisas estão entrelaçadas, assim como a luz e as trevas, e como a vida e a morte...
Destinos que foram forçados a se cruzar, ou já tinham traços a s...
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Fazia alguns dias desde a ideia de Asmodeus de todos nós irmos para as montanhas de Eurion, ele havia me incumbido em realizar todas as minhas tarefas em Akalidon o máximo possível para quando voltássemos não houvesse uma bola de neve em minhas costas.
Cada um, tinha que fazer suas coisas para ficarmos livre, iríamos após minhas amigas serem transformadas em demônios.
Haveria um pequeno ritual que seria feito pela minha avó e por Asmodeus, e mesmo com os questionamentos das minhas amigas de porquê não seria eu a fazer, as convenci de que eles seriam melhores.
Eu não era capaz de transformar ninguém ainda, não tinha poder muito menos força o suficiente para isso mesmo que tentasse; só seriam cascas sem vida e sem corações.
Não deixei com que os pensamentos dessa minha incapacidade consumissem minha cabeça enquanto me afundava em papéis sob a mesa próxima a janela do meu quarto, papéis que eu odiava.
Contratos mundanos, contabilidade de almas aprisionadas, sentenças de prisioneiros, hierarquias, mudanças que deveriam ser feitas para a melhoria de Akalidon, entre diversas outras coisas que me enchiam a paciência a cada passar de folha e a cada um dos malditos papéis que eu assinava.
Sinceramente era como se eu já houvesse herdado Akalidon, como se já o governasse e meu pai não passasse apenas de um enfeite de Imperador no Trono.
Ficar encarando aquela pilha de papéis só me fez pensar em quantas sentenças e reuniões por dia meu pai frequentava, quantos possíveis ataques ele evitava, quantos planejamentos de ataque e defesa fazia... Tudo isso e ainda assim ter que cuidar de mim e da Kylie.
Pensar nisso foi me fazendo ficar irritada ao ponto de transformar o papel em minhas mãos em cinzas e rosnar de raiva, retirando meus óculos de leitura e o jogando sobre a mesa enquanto passava as mãos pelo meu rosto.
— Isso tudo é estresse é? – Provocou Kylie entrando no meu quarto e se jogando na minha cama.
— O que você quer Gabrielle? – Perguntei cruzando meus braços e me virando para encara-la completamente esparramada na minha cama.
— Vim dizer a você que vou dar uma saída e ver se queria alguma coisa do Vilarejo – Murmurou ela se virando e se deitando de lado me olhando com aqueles seus olhinhos azuis hipnotizantes.
— E pra onde vai, posso saber? – Continuei a encarando erguendo uma sobrancelha.
— Ver o nosso avô, ele pediu para que eu o encontrasse para entregar nossos presentes de aniversário – Murmurou ela voltando a se esparramar na minha cama.
— Fazemos aniversário daqui a seis meses, que raios de presente é esse que tem que ser entregue justo hoje? – Foi impossível conter a arrogância na minha voz.
— Simples Izzy, ele não vem ao nosso aniversário! Esqueceu que o papai não quer que ele pise em Akalidon? – Kylie havia se levantado da minha cama e então cruzado seus braços, me encarando.
