Linhas do destino ou vinhas de espinhos... Lanças angelicais ou punhais infernais...
Tantas e tantas coisas estão entrelaçadas, assim como a luz e as trevas, e como a vida e a morte...
Destinos que foram forçados a se cruzar, ou já tinham traços a s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Minha cabeça latejava tanto que parecia que haviam pessoas com facas e martelos batendo sobre ela o tempo inteiro, e até mesmo quando abri meus olhos pareciam haver facas o perfurando junto com uma dor lancinante no pé da minha barriga me fazendo ficar encolhida.
Olhei em volta para me situar do ambiente e pude ver meu quarto começar a clarear junto com o dia, o jantar havia sido cedo o que significava que fiquei desacordada a noite inteira. Mas, o que raios havia acontecido comigo?
Me levantei da cama com certa dificuldade, me arrastando para o banheiro apoiando uma das minhas mãos no pé da barriga na esperança daquela dor dos infernos sumir.
Assim que cheguei no banheiro a primeira coisa que fiz foi me desfazer daquele vestido, mas, ao tira-lo pude ver uma imensa mancha de sangue no vestido o que me fez ficar confusa até por fim entender aquela dor.
— Justo hoje... – Resmunguei jogando o vestido dentro da pia ligando a torneira, deixando com que tirasse todo o excesso daquilo.
Me arrastei até o chuveiro o ligando e passando um bom tempo com a água morna escorrendo sobre meu corpo até por fim tomar logo o meu banho e me trocar, pondo um dos absorventes grandes que papai havia comprado para mim em quantidade o suficiente para não faltar.
Vesti o pijama mais confortável que havia no meu Closet e me deitei na cama me enfiando e me encolhendo debaixo das cobertas, sentindo as pontadas infernais aumentarem.
Amaldiçoei a todos os Deuses antigos de nossa família enquanto me encolhia cada vez mais na cama, até ouvir a porta do meu quarto se abrir me fazendo virar para ver quem era e deparar com Kylie com cara de choro e estender os braços pra mim pedindo colo e não pensei duas vezes antes de levantar a coberta e chama-la para deitar comigo.
Aquilo era o suficiente para saber que o período de Kylie também havia chegado.
E pouco minutos depois Kathleen havia aberto a porta do meu quarto também com cara de choro e levantei o outro lado da coberta para ela se aconchegar enquanto nós três nos agarrávamos e nos encolhíamos de dor.
Nós três estávamos choramingando de dor agarradas umas nas outras como se fôssemos ursinhos de pelúcia.
Confesso, que sentir a presença das duas ao meu lado me fez sentir como se algo estivesse completo. Em casa.
A sensação de estar no meio das duas, me parecia familiar, como uma brisa quentinha de verão e chocolate quente e cafuné em dias de inverno.
Aquela sensação parecia passar de mim para elas, fazendo com que lentamente nós três começasse a adormecer.
Até que meus olhos foram vencidos pelo sono, me levando para um lugar quentinho e acolhedor, com risadas doces e rostos infantis.
Rosto de três bebês em um único berço, adormecidas e agarradas umas nas outras como se sentissem medo de ficarem separadas.
