Linhas do destino ou vinhas de espinhos... Lanças angelicais ou punhais infernais...
Tantas e tantas coisas estão entrelaçadas, assim como a luz e as trevas, e como a vida e a morte...
Destinos que foram forçados a se cruzar, ou já tinham traços a s...
Capítulo abaixo contém conteúdo sensível: automutilação e suicídio
Se você não se sentir confortável para ler, pule está parte
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mesmo estando inconsciente, eu ainda sentia o ambiente a minha volta girando como se tivessem me colocado em um carrossel.
Meu estômago doía e rodopiava tantas vezes que a sensação de quase vomitar era imensa, meus olhos não se abriam enquanto a sensação horrível ficava ainda mais intensa e eu podia ouvir tudo a minha volta.
— Vou ter que levá-la ao hospital... – A voz do meu pai estava tão baixa e entrecortada que doeu o meu coração.
Me desculpa papai, não queria que se preocupasse comigo.
— Don a Arya não é uma adolescente comum, se algo acontecer com ela dentro de um hospital será um colapso! – A voz da minha avó parecia irritada, possivelmente pelo fato de que o meu pai poderia estar batendo o pé em insistir em me levar ao hospital.
— Mesmo assim Lily, a Ary está a semanas sem comer direito, tudo o que come o corpo dela está rejeitando... Até mesmo água – A voz baixa e sofrida de Caim fez o meu coração se apertar ainda mais.
De fato, o meu corpo estava rejeitando qualquer coisa que eu tentasse engolir, fosse água ou comida e a única coisa que estava me mantendo " saudável " era as incontáveis vezes em que Kylie vinha para me dar um pouco da sua " Vitalidade ".
— Se ao menos ela conseguisse comer alguma coisa e manter no organismo... – Sussurrou Kylie e em seguida senti seus dedos em minha testa, provavelmente retirando os cabelos do meu rosto.
— Eu já perdi a Emilly, não posso perder a Arya também... – A voz do meu pai era chorosa e entrecortada, fazendo meu coração doer por ouvi-lo estar daquela forma.
— Alguém poderia me relembrar como que a nossa bomba explosiva ficou assim? – Perguntou Caim, e se não fosse pelo fato de não conseguir reagir eu teria dado uma gargalhada pela forma que ele me chamou.
— Tudo culpa de Asmodeus, se ele não tivesse iludido a minha irmã... – Começou Kylie, sua voz tinha tanta raiva que foi admirável ela não ter descontado em nada. — Aquele imbeci...
— Já chega Kylie! – Gritou meu pai e pela forma que a mão dela saiu da minha testa, acredito que se assustou com o grito ou ele deve ter mudado seus olhos. — Ele não é o único culpado!
— Don, você não tem culpa dela estar assim... – Sussurrou Caim de uma forma tão pesada que julgo dizer que ele estava esgotado por alguma coisa.
— Tenho... Se eu não tivesse brigado com ela e discutido com Asmodeus, ela nunca estaria desse jeito – A voz do meu pai sumia gradativamente e fazia o meu coração se apertar ainda mais.
