Linhas do destino ou vinhas de espinhos... Lanças angelicais ou punhais infernais...
Tantas e tantas coisas estão entrelaçadas, assim como a luz e as trevas, e como a vida e a morte...
Destinos que foram forçados a se cruzar, ou já tinham traços a s...
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Não faço a mínima ideia de quanto tempo chorei, só sei que quando finalmente me sentei na cama de novo e encarei aquele quarto que eu estava, todo ele já estava bem iluminado pela tarde do inferno.
Meus olhos estavam pesados, tanto pelo choro quanto pelo sono do qual caí de tanto chorar.
Eu queria sair daquela cama, mas estava sem força alguma, já estava planejando derrubar algo com magia quando a porta do quarto foi aberta e duas cabeças loiras entraram e me encararam com um sorriso gentil.
— Bom dia Lady Arya, gostaria de seu desjejum agora? – A primeira boneca do capeta de cabelo loiro me ofereceu um sorriso, tão falso e cínico que fiquei com medo do que ela teria botado em minha comida.
— Não obrigada. Não estou com fome – Murmurei, olhando de uma para a outra, tão desconfiada quanto podia.
— Deveria comer, Vossa Majestade está preocupado com a Senhora – Murmurou a outra se encolhendo quando a encarei.
Essa parecia dócil e legal, diferente da outra que parecia estranha e sinistra.
— Qual deles? – Perguntei por que sinceramente nem sabia onde estava.
— O homem da sua vida! – Asmodeus havia surgido atrás das criadas as fazendo tomar um susto enquanto faziam uma reverencia e se retiravam, nos deixando a sós.
— Mas... Meu pai está em Akalidon... – Murmurei de forma zombeteira o vendo erguer as sobrancelhas com a minha ironia. — E o Mely também.
— Mely é um cavalo, não dá pra comparar ele comigo – Ironizou ele entrando no quarto e fechando a porta atrás de si.
— Na verdade dá... – Murmurei sentindo minhas bochechas ficando vermelhas enquanto minha mente parecia reproduzir um soneto de ruídos luxuriosos em minha cabeça, me fazendo morder o lábio. — Eu monto em vocês dois... Só que em você é diferente...
Asmodeus havia dado as costas pra mim, procurando algo pelo quarto enquanto eu falava e assim que terminei, o vi se virar para me encarar de forma tão lasciva e voraz, que seus olhos mudaram de cor tão rapidamente quanto ele chegou até mim me deitando na cama novamente e segurando meus pulsos contra os travesseiros, batendo seus joelhos contra minhas pernas e as obrigando a se abrirem para que ele se encaixasse entre elas.
— Está querendo brincar com fogo depois de voltar a vida, princesinha? – Sua pergunta estava carregada por um desejo tão reprimido e voraz, sua voz estava grossa e rouca como se estivesse segurando uma vontade imensa de me tomar ali mesmo sem pensar duas vezes.
— Eu sei controlar o fogo, lembra? – Abri um sorriso malicioso enquanto o encarava dando mordidas em meus lábios e o olhando de forma tão lasciva que sentia minha mente rugir com uma vontade enlouquecedora de ser tomada por Asmodeus em qualquer que fosse o maldito cômodo daquele lugar, meus olhos pulsavam tão freneticamente com alguma mudança que fazia meu corpo o desejar tão loucamente. — Me faça sua, sem pena alguma...
