Episódio 1

201 17 25
                                    

Viseu, Portugal, Primavera de 1888.

Em 30 de março de 1888, na propriedade de Vasco da Cruz, sua filha mais velha, Juliette Souza e Cruz unia-se em matrimônio com Antônio Costa Almeida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Em 30 de março de 1888, na propriedade de Vasco da Cruz, sua filha mais velha, Juliette Souza e Cruz unia-se em matrimônio com Antônio Costa Almeida.

Ele aos 20 anos e ela aos 19 anos.

- Antônio é de sua vontade unir-se em matrimônio a essa mulher para o resto de sua vida? - perguntou o padre dirigindo-se ao noivo.

- Sim. - disse o homem olhando para Juliette que tinha o rosto coberto por um véu e ele não conhecia suas verdadeiras feições.

- Juliette é de sua vontade unir-se em matrimônio a esse homem para o resto de sua vida?

- Sim. - disse de forma contida e com a cabeça baixa.

Era um casamento arranjado e conveniente. Nada mais que isso. Duas famílias com posses parecidas escolhiam os cônjuges dos seus filhos no nascimento e ambos tinham que concordar, fazendo valer a promessa inicial dos patriarcas.

- Se não há ninguém aqui que possa impedir essa união, eu os declaro marido e mulher.

O padre fez o sinal da cruz e logo entregou as alianças ao casal. Depois que trocaram as jóias, o sacerdote fez sinal para que o esposo visse a sua esposa e assim foi feito.

- Minha esposa... -  disse Antônio ao olhar para Juliette. - É incrivelmente linda.

Segurando nas laterais do seu rosto com as mãos, lhe deu um beijo na testa e lágrimas finas molharam o rosto de Juliette.

De braços dados o casal saiu festejado da capela e iniciou-se o trajeto para a propriedade dos Almeida, onde um almoço reuniria ambas as famílias.

Calados e imóveis o casal seguiu o trajeto como dois estranhos que eram. Até que ao chegar na entrada da propriedade lhe disse:

- Bem-vinda a sua nova casa.

Juliette asentiu com a cabeça e olhou tudo ao seu redor. Era uma bonita propriedade e ali seria sua nova casa onde ela mandaria e desmandaria já que Antônio não tinha mais os pais vivos e tão pouco qualquer outro parente.

- Acredito que onde minha mãe e meu pai estiverem, devem estarem felizes por mim. Agora teremos a nossa família e essa casa voltará a ser um lar de novo.

O casal Almeida morreu num trágico acidente de charrete a dois anos atrás.

Ajudava por seu marido, Juliette desceu da charrete e pôs os pés no seu novo lar. Ali já tinha muita festa e tudo na sua volta era vibrante.

Antônio não teve miséria na sua festa de casamento. Havia muita comida e muita bebida. Pessoas dançavam e festejavam.

- Me conceda a nossa primeira dança?

- Sim. - ela disse lhe estendendo a mão e indo dançar com ele.

Juntos tiveram sintonia e sorriram um para o outro enquanto dançavam passos de vira.

A desafortunada Onde histórias criam vida. Descubra agora