Quatro dias depois...
Propriedade de Rodolffo.
Renato não estava na propriedade aquele dia e Rodolffo junto com dois ajudantes tinham muito trabalho adiantado.
Apesar de alguma chuva que caiu na noite, Rodolffo resolveu que não ia esperar mais de uma semana para ver sua amada.
- Podem dá conta sem mim senhores?
- Sim, senhor.
- Eu não vou conseguir voltar hoje. Talvez nem amanhã.
- Tudo bem senhor.
Ele escovou seu cavalo e o selou com cuidado. Olhou as ferraduras e estava tudo bem. Depois que vestiu-se, encheu uma moringa de água e colocou o chapéu na cabeça.
Sorriu para si mesmo e logo montou no seu cavalo. Entre paradas e cavalgadas, ele aproximou-se da propriedade ao final do dia.
...
Juliette seguiu os dias na sua propriedade. Não teve coragem de ir até a cidade e pediu a Deus muito discernimento.
Nas suas muitas orações encontrou refúgio e renovou a fé. O anel que Rodolffo lhe deu nunca saiu do seu dedo. Ela nutria uma esperança no seu coração.
Gerusa e ela faziam a última refeição do dia quando se ouviu um chamado:
- Juliette... Meu amor... Sou eu, Rodolffo.
Ela abriu a porta depressa e realmente era o seu noivo na frente dos seus olhos.
- Minha princesa... Perdão pela demora em retornar. - eles se olharam emocionados e ele buscou sua mão.
Gerusa se retirou, quando Juliette colocou Rodolffo dentro de casa e fechou a porta.
- Por que demorou tanto Rodolffo?
- Por que estou finalizando a nossa casa. Está ficando tão linda meu amor. Mas eu fugi de lá por que estou morrendo sem você.
- Eu pensei tantas besteiras.
- Ôh meu Deus... Estou me sentindo ainda mais culpado. Mas meu pai disse que você estava bem...
- Seu pai? Como ele sabe de mim? Não sai de casa nesses dias todos. Dormi muito mal por medo de canalhas virem aqui e só Gerusa e eu estávamos desprotegidas. Ninguém veio aqui nem para o bem, nem para o mal.
Rodolffo ficou chocado com essa informação.
- Eu sofri Rodolffo. Sofri a incerteza da sua volta. Saiu daqui dizendo que ficaria três dias fora e se foram um mês. Isso não foi bom e nem pelo justificado pelo motivo que você me fala.
- Eu juro que sou sincero, mas confesso que fui manipulado. Nunca pensei que seria nessa altura da vida. Meu pai foi fazendo a minha cabeça para que eu não voltasse. - ele fez uma pausa. - Como me deixei levar tão facilmente? Era evidente que ele não queria que eu voltasse.
- Então ele não nos apoia?
- Pelas mentiras fica claro que não. Estou decepcionado.
Juliette abraçou Rodolffo e ele lhe fez um pedido:
- Já está tudo pronto com o padre, desde o dia que fui para a nossa casa em reforma. E hoje eu reafirmei a nossa intenção. Casa comigo amanhã?
- Caso sim. É tudo que mais quero na vida. Inclusive já tenho até o vestido.
Rodolffo sorriu e segurou o rosto de Juliette.
- Eu te amo Rodolffo.
- Eu também te amo muito princesa.
Beijaram-se apaixonadamente e aquela noite seria a última que dormiam separados.
...
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A desafortunada
أدب الهواةAquela que acredita ter sido abandonada pela própria sorte.