Episódio 18

57 14 14
                                    

No início da manhã seguinte, Juliette e Rodolffo seguiriam rumo a propriedade onde seria o lar do casal.

Ainda encontraram muita dificuldade no caminho, mas estavam tão maravilhados por tudo que viveram que nenhum percalço era maior que a vontade de chegar em casa.

Ao chegar foram recepcionados pelos trabalhadores.

- Senhores... Vos apresento a minha senhora. - ele disse orgulhoso de mãos dadas com Juliette. - Hoje estão dispensados. Queremos estar a sós. - ele foi franco e os homens se foram.

Juliette e Rodolffo colocaram os pés direitos ao entrar na casa.

- Ainda há muitos detalhes para serem feitos minha linda, mas será aqui que vamos viver a partir de agora e que terminaremos os dias de nossas vidas. - ele abraçou Juliette por trás. - Eu já vejo os nossos filhos correndo por essa casa. Já posso imaginar os risos e a alegria que será quando eles chegarem.

- Que Deus nos abençoe.

- Já abençoou.

Três dias dedicados ao amor Juliette e Rodolffo viveram ali, até retomarem a vida normal e produtiva.

...

Renato veio até a casa do filho uma semana depois e consigo trouxe duas carruagens. Uma vinha com sua senhora e alguns presentes para os recém casados e a outra eram cheios de pertences de Juliette, que Gerusa havia enviado.

Rodolffo encarou o pai e o clima parecia amistoso entre eles.

- Filhos... Vim para conhecer a casa de vocês.

Juliette recebeu bem a sogra e juntas foram conversar, enquanto faziam um café.

- Por que fez aquilo pai? Achou que eu ia desistir?

- Achei... Mas que bom que não desistiu. Eu estou orgulhoso da sua coragem e vejo que estão muito felizes.

- Nunca estive mais contente. Aqui é o meu lugar. Nos braços da minha mulher eu me sinto um rei. Jamais desistiria de me casar com ela. Se Deus permitir em breve teremos o nosso primeiro filho.

- Terão sim. Deus abençoe.

A visita durou dois dias e depois Rodolffo e Juliette voltaram a ficar sozinhos em casa.

- Já não suportava mais... - Rodolffo disse malicioso, beijando o pescoço de Juliette.

Naquela casa não faltava amor, carinho e reciprocidade.

...

Dois anos depois...

Vinte e quatro meses correram as vistas do casal.

A propriedade desenvolvia-se bem e daquela terra o casal subexistia e ainda tinham duas famílias que moraram perto, onde os respectivos senhores trabalhavam junto com Rodolffo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A propriedade desenvolvia-se bem e daquela terra o casal subexistia e ainda tinham duas famílias que moraram perto, onde os respectivos senhores trabalhavam junto com Rodolffo.

Juliette cuidava da casa e dos serviços menos pesados, todo o resto era com Rodolffo. Além de cuidar da sua propriedade, ele ainda ajudava Jeremias a prosperar nas terras de Juliette.

Ela sempre o admirava e tinha orgulho do grande homem que o tempo o tornou, mas nos últimos meses Rodolffo estava gostando de beber e bebendo ele mudava a personalidade.

Todos os dias, ao mesmo horário, eles almoçavam e naquele dia, Rodolffo estava muito calado.

- Hoje fiz do jeito que você gosta. - ela dispôs opções sobre a mesa e Rodolffo a olhou muito sério. - O quê foi?

- Por que não conseguimos? Me dê uma explicação. - ele disse com raiva aparente. - O Ferdinando vai ser pai de novo. Por que nós não temos nenhum filho nesses anos?

- Deus é quem sabe a hora certa...

- Eu não quero mais esperar. Estou cansado. - ele deu um murro na mesa e levantou-se.

Juliette viu ele deixar a casa e todo sujo, faminto e sem destino, montou no seu cavalo.

Era a primeira vez que Rodolffo tomava tal atitude e aquilo despertou uma lembrança terrível na mente de Juliette.

...

O quê parecia um momento passageiro, tornou-se rotineiro. Rodolffo começou a comprar bebida e ter em casa para se embriagar a cada final do dia.

- Pare de beber... Isso não te leva a nada. - ela tomou a garrafa das mãos dele.

- Eu sou fiel a ti desde sempre. Vivemos um para o outro. Eu sou seu único homem. Nós somos saudáveis. Por que o nosso filho não vem?

Juliette o abraçou e eles choraram juntos.

- Eu também quero o nosso filho, mas não sei mais o quê fazer. Acho que não vou conseguir nunca.

Rodolffo fez um carinho no rosto de Juliette.

- Mas não podemos nos machucar como você anda fazendo Rodolffo. Olhe em volta. Nós já construimos tantas coisas juntos.

- Mas não faz mais sentido para mim. Eu te amo, mas estou muito triste. Me sinto sem esperanças.

- Não pode se sentir assim... Acaso você pensa...

- Não penso em ir embora, mas não sei o quê podemos fazer para mudar a nossa condição.

- E se nós pegarmos um bebê para criar? Um filho do coração. Uma criança que os pais não possam cuidar.

Rodolffo ficou em silêncio pensativo.

- Eu gostaria...

- Eu não me oponho. Mas não sei como faremos isso.

- Haveremos de dá um jeito. - ela disse lhe abraçando.

...


A desafortunada Onde histórias criam vida. Descubra agora