Episódio 10

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Rodolffo foi a cidade contente, satisfeito e cantante. E na sua cabeça ele só tinha um único plano: casar com Juliette.

Ao chegar na cidade as pessoas conhecidas acharam estranho uma volta tão rápida, mas ele deu poucas informações. Conseguiu vender os seus produtos por um preço menor e comprou um carneiro e um boi jovem para fazer cruzamento com as fêmeas. Não eram os melhores animais, mas para o início estava bom e se seus planos fossem como ele gostaria, aqueles animais pertenceriam a outro dono em breve, por que ele e Juliette seguiriam para outras terras.

Quando estava com a carruagem organizada, rumou a casa do seu pai e chegando lá, o encontrou debruçado sobre papéis.

- Bom dia meu pai.

Renato ergueu os olhos e foi ao encontro do filho, lhe dando um abraço apertado.

- Ôh meu filho... Voltaste... Que alegria.

- Não voltei. Vim apenas te visitar e lhe contar uma novidade. Vou me casar com Juliette.

- Rodolffo...

- Não me julgue pai. Eu gosto dela, de verdade.

- Mas ela já superou o luto?

- Ela não sente mais nada com relação ao falecido e hoje retirou o luto. Em breve ela será a minha esposa, a minha senhora, a mulher que eu serei fiel e a mãe dos meus filhos.

Renato ficou emocionado e deu outro abraço em Rodolffo.

- Não evite os filhos. Quero ter um filho seu no meu colo em breve.

- Não vou evitar filhos com a minha mulher pai. Eu encontrei alguém que me quer sem conveniências.

- E o passado da sua mulher não vai lhe trazer um peso no futuro?

- Não vai. Eu quero que o meu passado e o dela seja enterrado no dia que o nosso "sim" for dito. Mas eu não estou aqui somente para isso. Vamos sentar pai.

Rodolffo fez um breve resumo e o pai prontamente abriu o cofre.

- Aqui está o presente da sua avó. Eu espero que dê certo para o seu objetivo.

- E a propriedade pai?

- Ela é sua. Está no seu nome.

- Mas foi compra com o seu dinheiro.

- Sua avó lhe deu aquele dinheiro e eu comprei aquelas terras por que você era muito jovem. Só que já tem um tempo que não vou naquelas terras. Não sei como está a casa.

- O senhor pode me ajudar com isso? Arrumar a casa. Algumas coisas necessárias. Juliette é simples, ela não se importa com luxos.

- Vão querer fazer uma festa de casamento na casa?

- Por mim sim, mas não sei se Juliette quer. Vou pedir ela em casamento e resolvemos o resto depois.

- Tem certeza que ela quer o mesmo que você?

- Tenho.

- Meu filho seja paciente. Não coloque tudo a perder.

- Fica tranquilo pai. Realmente vai poder me ajudar?

- Vou e avise a sua noiva que faremos uma bonita festa. Vocês vão dançar o vira e serem felizes no dia do matrimônio.

...

Rodolffo saiu da casa do pai satisfeito e chegou em seu armazém quase na hora do jantar, mas ainda com tempo de tomar um banho.

Não tardou e foi Gerusa quem veio lhe trazer o jantar. Aquilo era inesperado para ele por que ansiava pela chegada de Juliette.

Sentiu-se extremamente desapontado,   não comeu e parado olhou para o anel que foi da sua avó por bastante tempo.

Estava quase dormindo quando sentiu um peso sobre o seu peito e era Juliette.

- A Gerusa dormiu e eu só pude vir agora. Desculpa.

Rodolffo segurou na mão de Juliette e juntos levantaram da cama.

- Que cabelo lindo. Você é tão linda. A mulher mais bonita que eu já vi.

Ela sorriu envergonhada.

- Gosta de mim de verdade Juliette?

- Sim.

- Casa comigo? - Juliette viu ele segurar um anel. - Eu não sou um homem perfeito, mas estou disposto a mudar por você.

- Sim. Eu caso.

- Esse anel era da minha avó, uma grande mulher, assim como você. - ele colocou a jóia no anelar direito dela.

Juliette chorou quando olhou para o anel.

- Ei... Não chore.

- Ele é lindo.

- É seu. Minha avó me disse que esse anel eu colocaria na mão da mulher da minha vida e isso está se cumprindo.

Juliette se aproximou mais de Rodolffo e lhe deu um beijo no canto da boca.

- Não faça assim... Nós vamos nos amar na nossa noite núpcias. Faremos de conta que é a primeira vez das nossas vidas.

Com toda a iniciativa, Juliette trouxe Rodolffo para um beijo.

...

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