Depois daquele beijo, Rodolffo olhou no fundo dos olhos de Juliette e lhe disse enquanto fazia carinhos nas suas bochechas.
- Você tem o beijo mais doce e mais puro que já provei. É tão cheio de candura e de pureza que me faltam as palavras.
- Eu nunca beijei ninguém... - ela disse com emoção.
Rodolffo ainda ficou surpreso, mas sabia que era comum que alguns casais nunca se beijassem.
- Eu prometo beijá-la sempre e diariamente. Não sei como é ter uma relação sem o contato do beijo. É através dele que surge a conexão, o desejo. Meu corpo quer o seu, mas não vamos nos amar antes de que a nossa aliança seja firmada. Temos um passado, mas no dia que a nossa entrega for acontecer, só o nosso presente e futuro importam.
- Sim...
- Não é possível que voltemos a ser virgens como Deus nos ensina que tem que ser, mas seremos fiéis um ao outro até o fim. O seu corpo será só meu e o meu será só teu.
Juliette atirou-se nos braços de Rodolffo e chorou, sem conseguir externar a sua verdade.
- Não chore. Acredito que foi vítima de uma violência, mas eu sei da pureza e nobreza do seu coração e acredite que não vou nunca julga-la. Já passou...
Juliette acalmou-se e Rodolffo a convidou para deitar com ele.
- Eu tenho uma novidade importante para te contar.
Ele falou do encontro com o pai e dos planos de mudança.
- Mas se você não concordar, tudo está desfeito.
- Eu quero ir a qualquer lugar com você. Não importa se ele tem luxos ou não tem teto, sei que cuidará de mim. Mas eu queria levar a Gerusa. Nós temos uma boa ligação e eu tenho muito carinho por ela. Desde o dia que pus os pés nessa casa, ela cuida de mim, não abandoná-la.
- Podemos levar a Gerusa.
Rodolffo deu um beijo suave nos lábios de Juliette e ela os umedeceu com a língua de seguida.
- Não faça assim... - ele segurou a mão de Juliette. - Posso te pedir uma coisa?
- O quê?
- Me toque... Eu te ensino como fazer... Hoje meu corpo implora por isso. E desejo que seja a sua mão a me dá prazer.
Juliette ficou um pouco assustada e não sabia do que ele estava falando. Mas quando viu ele abrir a calça ficou com medo.
Diante dos seus olhos estava toda a ereção do órgão sexual do seu noivo e sua mão foi guiada a tocá-lo. Rodolffo colocou sua mão sobre a dela e depois só a mão de Juliette lhe fazia carinhos.
Quando a energia sexual estava em alta, Rodolffo perdeu o controle que julgou ter e começou a beijar Juliette de forma mais intensa.
- Não devíamos ter começado isso. Eu te quero tanto. - ele disse ofegante.
Juliette soltava gemidos enquanto Rodolffo deslizava a boca pelo seu pescoço e colo. E antes de despi-la foi ele quem ficou completamente nu. Com cuidado, abriu sua camisola e revelou todo o seu corpo cheio de curvas lindas e femininas.
- A mulher mais linda do mundo.
Os seios fartos de Juliette foram bem deliciados por Rodolffo e ela já demonstrava sentir algum prazer com aqueles toques. A sua barriga foi beijada e também lambida, enquanto os dedos de Rodolffo faziam movimentos certeiros nos lábios vaginais.
Quando ele abriu suas pernas, ficou com o corpo na posição ideal de penetrá-la enquanto a beija na boca. Juliette segurou o seu braço com força e antes da primeira tentativa ele a beijou. Ao mesmo instante que a sua língua invadiu a boca de Juliette, seu órgão tentou penetrar o dela, mas não aconteceu como esperado e Juliette gemeu de forma sofrida.
Rodolffo então parou, olhou nos olhos de Juliette e viu lágrimas transbordarem as suas pálpebras. Ele parecia incrédulo e fez uma nova tentativa, onde ela novamente se contorceu de dor.
Aquilo lhe doeu a alma. Juliette não era sincera e ele se retirou sem consumar o ato.
Quando sentou na cama sentia uma dor física que nem quando quebrou um osso foi similar. Juliette enrolou-se num lençol e tentou tocar o ombro dele.
- Não ia me contar? E ainda diz que quer viver o resto da vida comigo?
- Rodolffo, por favor...
- É por conveniência, não é? Eu sou útil para você, então é por isso que quer estar comigo.
- Não é... Eu juro!
- O Antônio era um grande filho da puta. Um infeliz daquele inventar tantas coisas sórdidas e fazendo todo mundo acreditar que era o macho Alpha, sendo que nem para desonrar a esposa, aquele desgraçado serviu.
- O Antônio nunca nem se quer tentou. Ele vivia bêbado. Mas eu tinha medo de te dizer que era virgem, por que ouvi você falando com o Jeremias que gostava de mulheres experientes.
- Por mim vai continuar como está. Não quero uma mulher que não me conta suas verdades. Eu nunca menti para você. Sempre soube das minhas qualidades e dos meus defeitos.
- Rodolffo não diga isso... Você será o meu marido, o meu único homem e o pai dos meus filhos. Eu não me entregaria para você se não acreditasse nisso. Errei em não ter dito, mas só tive medo de te perder.
- Não me disse por que não confia totalmente em mim. Pode ficar aí, eu vou sair.
- Sair para onde? Essa hora da noite.
Ele não respondeu. Vestiu-se rapidamente e bateu a porta do armazém. Juliette estava totalmente incrédula com os rumos que aquela noite tomou.
...
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A desafortunada
FanfictionAquela que acredita ter sido abandonada pela própria sorte.