Episódio 8

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Juliette vestiu-se a rigor para ir a cidade. Dentro da carruagem levou diversos produtos feitos na sua propriedade. Dessa vez quem lhe acompanharia era Jeremias e não Gerusa.

Rodolffo colocou os queijos e ovos devidamente arrumados, enquanto Juliette subia no transporte.

Do bolso ele tirou a quantia de dinheiro que julgou necessário para adquirir os animais.

- Eu te falei a base dos preços, se excederem muito não compre. Irei pessoalmente comprar. - ele lhe entregou as cédulas e lhe disse mais intimamente. - Cuide-se. Não ande sozinha pelas ruas.

- Obrigada. - ela disse e perdeu-se o contato visual.

Juliette e Jeremias se foram, enquanto Gerusa ficou ao lado de Rodolffo.

- A senhora decidiu que vai procurar um noivo.

- Como? - Rodolffo disse incrédulo.

- Isso mesmo. Ela quer casar novamente.

- Gerusa, ela não pode fazer isso de qualquer forma. Ela não sabe o quê falam dela na cidade.

- E o quê falam da minha senhora na cidade? Essa menina não sai de casa ao menos que seja para resolver algo muito importante. Juliette não é uma depravada para falarem dela.

- A culpa foi do Antônio.

- Que homem desgraçado.

- Quer que eu diga o quê ele disse dela?

- Senhor...

- Não diga nunca a ela que sei disso, mas o Antônio cogitou entregar a Juliette por ela não ser mais virgem.

Gerusa ficou perplexa.

- Senhor... Que absurdo.

- Eu achei muito baixo da parte dele. Mas todos os dias ele dizia a mesma coisa. Então a alerte para essa decisão.

Rodolffo ia saindo de perto de Gerusa, quando ela foi atrás dele.

- O senhor não vai fazer nada? Vai deixar ela casar com outro?

- A vida é dela. A decisão é dela. Eu não vou impor nada sobre a vontade dela.

- Eu achei que gostasse da minha senhora.

- Mas a sua senhora claramente não gosta de mim. E está tudo bem. Eu não vou me lamentar. Vou fazer o quê prometi e depois vou seguir a minha vida.

Gerusa o viu caminhar para o campo e com certeza ia trabalhar na lavoura.

...

Juliette chegou na cidade com Jeremias e recebeu uma recusa atrás da outra. Ninguém queria comprar os seus produtos e isso doeu.

Doeu por que eram bons produtos e agora a solução era consumi-los o mais rápido possível. Doeu também por que os planos, que ela achava tão bons na boca de Rodolffo, não tinha prosperado.

Até tentou comprar animais, mas ninguém quis lhe vender.

- Vinhemos só nos desgastar Jeremias. Ninguém me levou a sério.

O empregado estava igualmente desanimado.

Ela ia subindo os degraus da igreja quando foi abordada por um homem. Ele era loiro, porte atlético e bonito.

- É a viúva do Antônio Costa Almeida? Eu sou o Augusto de Assis.

Ao primeiro contato Augusto pareceu ser um homem distinto e Juliette até aceitou que ele beijasse a sua mão.

A desafortunada Onde histórias criam vida. Descubra agora