*Contém conteúdo delicado***
Rodolffo estava sentado num caldeirão na sala, enquanto as mulheres estavam no quarto. Ele tinha muita fúria no seu ser e almejava por vingança.
Já era alta noite, quando ele começa a ouvir cavalos na frente da casa. Pela fresta da porta, ele viu quatro homens.
- Que Deus tenha misericórdia de vocês por que eu não vou ter.
Antes que os homens se aproximassem, ele abriu a porta de entrada da casa e se revelou.
- O quê faz aqui Augusto?
Augusto não enxergava muito bem e não reconheceu Rodolffo. A escuridão não dava a nenhum daqueles homens muita visibilidade, mas Rodolffo tinha olhos de águia.
- O quê vinheram fazer aqui? - Rodolffo novamente perguntou.
- Vinhemos nos divertir com a viúva do Antônio.
- Foi? E eu vim me divertir com vocês.
Rodolffo não hesitou e atirou. Um caiu no chão. Outro correu no escuro. Augusto saiu gritando. E outro Rodolffo atingiu com vários socos de imediato.
Um a um Rodolffo foi derrubando e em todos fez questão de dá muitos chutes nas bolas. Mas em Augusto ele fez diferente.
- Sabe a sensação de ser invadido Augusto?
- Misericórdia meu Deus.
- Peça muito... Pede infeliz.
Rodolffo desceu as calças do desgraçado e introduziu nele o primeiro pedaço de madeira que achou.
- Se você morrer, lembre-se de mim e se viver lembre-se ainda mais por que eu sou inesquecível.
Dito isso abandonou o miserável e voltou para a casa, mas encontrou a porta fechada.
- Abre... Sou eu Juliette.
Ela abriu e segurando o braço de Rodolffo o trouxe para dentro de casa.
- Está tudo bem agora. Eles vão embora.
Apenas uma vela pequena iluminada o ambiente, mas mesmo assim Juliette viu o suor molhando o rosto de Rodolffo. E num gesto instintivo ela levou suas mãos até o seu rosto.
- Eles te machucaram?
- Não. Eu estou bem.
Passando os braços sobre o seu pescoço ela o abraçou e ele envolveu sua cintura com as mãos, deixando seus corpos colados.
Ele afundou a cabeça entre o pescoço e o ombro dela, sentindo seus mamilos darem sinal na fina camisola que ela usava. Uma de suas mãos deslizou e foi até a nuca de Juliette. Nesse mesmo instante Rodolffo fez um carinho na bochecha de Juliette com o nariz e logo uniu seus lábios aos dela.
No início era um toque de lábios, mas ele não perderia a oportunidade de provar mais daquele beijo. Com delicadeza, ele abriu os lábios de Juliette e sugou o inferior, depois com a língua tocou a sua e ela não esboçou muita reação e nem tão pouco resistência.
Foi bom, mas foi frio ao mesmo tempo, assim ele julgou. Mas quando ela abriu os olhos, ele te deu um beijo na sua face e disse:
- Dorme sossegada, que nada mal chegará até aqui.
Juliette olhava para Rodolffo de um jeito diferente e não conseguia lhe dizer uma palavra. Então o abraçou de novo antes de voltar ao quarto.
...
Entrou no quarto ofegante e deu um abraço em Gerusa.
- Eu fui beijada na boca.
Gerusa sorriu.
- Gerusa... Foi o meu primeiro beijo.
- E conseguiu dizer isso a ele?
- Não.
- Tens que dizer senhora. Precisa falar a verdade para esse homem.
- Ele colocou quatro infelizes para correr.
- Por que te quer. Ele gosta da senhora. Mas precisa dizer que Antônio mentiu.
- Não é o momento ainda.
- E quando será?
- Não sei. Talvez eu nunca tenha coragem de dizer, ele vai ter que descobrir.
Gerusa sorriu e Juliette lhe confessou:
- Eu quero casar com ele.
...
No dia seguinte...
A rotina não era alterada e Juliette buscou Rodolffo muito cedo enquanto lidava com os animais. Mas dessa vez ela não sabia as palavras certas para falar, então ficou olhando para Rodolffo.
- Eu mesmo vou a cidade hoje. - ele quebrou o gelo. - Não importa o quê vão falar. Certas responsabilidades são minhas agora.
- Tudo bem. Eu aceito.
- Sem contestar senhora?
- Eu quero ser cuidada.
Rodolffo não resistiu e se aproximou de Juliette, segurou na sua mão e te levou para trás do cavalo. Ninguém conseguiria vê-los.
- Não use frases assim.
- Por que não?
- Por que estou doido para cuidar de você.
A tensão era tanta que Juliette fechou os olhos e se permitiu ser beijada por Rodolffo. Um beijo que ainda pareceu estranho para ele, ao mesmo tempo que ela estava maravilhada.
- Nós vamos nos descobrindo devagar. Faz assim para mim... - ele fez um gesto para Juliette e ela fez igual, o quê fez ele iniciar um novo beijo.
Ela sorriu envergonhada e ele fez um carinho no seu queixo.
- Do mesmo jeito que eu fiz em você, fará em mim e isso são beijos de verdade.
Então foi dela a iniciativa de um novo beijo e quando ela começou a ter sintonia com a língua dele, sentiu um volume nas suas coxas.
- Depois que eu voltar da cidade, podemos jantar juntos?
- Sim.
Rodolffo deu um sorriso e Juliette também sorriu.
- Vem para o armazém... Assim temos privacidade. A Gerusa é muito curiosa.
- Eu posso ir.
- Hoje voltarei com boas notícias. Eu prometo.
Juliette segurou sua mão e lhe deu um beijo ali.
- Boa sorte.
Antes que ela fosse embora, Rodolffo lhe segurou pela cintura e lhe disse junto do ouvido.
- Põe aquela mesma camisola para mim hoje. Eu quero tanto te ver de novo nela e também sem ela.
Juliette sentiu um nervosismo, mas balançou positivamente com a cabeça.
...