Episódio 9

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*Contém conteúdo delicado***

Rodolffo estava sentado num caldeirão na sala, enquanto as mulheres estavam no quarto. Ele tinha muita fúria no seu ser e almejava por vingança.

Já era alta noite, quando ele começa a ouvir cavalos na frente da casa. Pela fresta da porta, ele viu quatro homens.

- Que Deus tenha misericórdia de vocês por que eu não vou ter.

Antes que os homens se aproximassem, ele abriu a porta de entrada da casa e se revelou.

- O quê faz aqui Augusto?

Augusto não enxergava muito bem e não reconheceu Rodolffo. A escuridão não dava a nenhum daqueles homens muita visibilidade, mas Rodolffo tinha olhos de águia.

- O quê vinheram fazer aqui? - Rodolffo novamente perguntou.

- Vinhemos nos divertir com a viúva do Antônio.

- Foi? E eu vim me divertir com vocês.

Rodolffo não hesitou e atirou. Um caiu no chão. Outro correu no escuro. Augusto saiu gritando. E outro Rodolffo atingiu com vários socos de imediato.

Um a um Rodolffo foi derrubando e em todos fez questão de dá muitos chutes nas bolas. Mas em Augusto ele fez diferente.

- Sabe a sensação de ser invadido Augusto?

- Misericórdia meu Deus.

- Peça muito... Pede infeliz.

Rodolffo desceu as calças do desgraçado e introduziu nele o primeiro pedaço de madeira que achou.

- Se você morrer, lembre-se de mim e se viver lembre-se ainda mais por que eu sou inesquecível.

Dito isso abandonou o miserável e voltou para a casa, mas encontrou a porta fechada.

- Abre... Sou eu Juliette.

Ela abriu e segurando o braço de Rodolffo o trouxe para dentro de casa.

- Está tudo bem agora. Eles vão embora.

Apenas uma vela pequena iluminada o ambiente, mas mesmo assim Juliette viu o suor molhando o rosto de Rodolffo. E num gesto instintivo ela levou suas mãos até o seu rosto.

- Eles te machucaram?

- Não. Eu estou bem.

Passando os braços sobre o seu pescoço ela o abraçou e ele envolveu sua cintura com as mãos, deixando seus corpos colados.

Ele afundou a cabeça entre o pescoço e o ombro dela, sentindo seus mamilos darem sinal na fina camisola que ela usava. Uma de suas mãos deslizou e foi até a nuca de Juliette. Nesse mesmo instante Rodolffo fez um carinho na bochecha de Juliette com o nariz e logo uniu seus lábios aos dela.

No início era um toque de lábios, mas ele não perderia a oportunidade de provar mais daquele beijo. Com delicadeza, ele abriu os lábios de Juliette e sugou o inferior, depois com a língua tocou a sua e ela não esboçou muita reação e nem tão pouco resistência.

Foi bom, mas foi frio ao mesmo tempo, assim ele julgou. Mas quando ela abriu os olhos, ele te deu um beijo na sua face e disse:

- Dorme sossegada, que nada mal chegará até aqui.

Juliette olhava para Rodolffo de um jeito diferente e não conseguia lhe dizer uma palavra. Então o abraçou de novo antes de voltar ao quarto.

...

Entrou no quarto ofegante e deu um abraço em Gerusa.

- Eu fui beijada na boca.

Gerusa sorriu.

- Gerusa... Foi o meu primeiro beijo.

- E conseguiu dizer isso a ele?

- Não.

- Tens que dizer senhora. Precisa falar a verdade para esse homem.

- Ele colocou quatro infelizes para correr.

- Por que te quer. Ele gosta da senhora. Mas precisa dizer que Antônio mentiu.

- Não é o momento ainda.

- E quando será?

- Não sei. Talvez eu nunca tenha coragem de dizer, ele vai ter que descobrir.

Gerusa sorriu e Juliette lhe confessou:

- Eu quero casar com ele.

...

No dia seguinte...

A rotina não era alterada e Juliette buscou Rodolffo muito cedo enquanto lidava com os animais. Mas dessa vez ela não sabia as palavras certas para falar, então ficou olhando para Rodolffo.

- Eu mesmo vou a cidade hoje. - ele quebrou o gelo. - Não importa o quê vão falar. Certas responsabilidades são minhas agora.

- Tudo bem. Eu aceito.

- Sem contestar senhora?

- Eu quero ser cuidada.

Rodolffo não resistiu e se aproximou de Juliette, segurou na sua mão e te levou para trás do cavalo. Ninguém conseguiria vê-los.

- Não use frases assim.

- Por que não?

- Por que estou doido para cuidar de você.

A tensão era tanta que Juliette fechou os olhos e se permitiu ser beijada por Rodolffo. Um beijo que ainda pareceu estranho para ele, ao mesmo tempo que ela estava maravilhada.

- Nós vamos nos descobrindo devagar.  Faz assim para mim... - ele fez um gesto para Juliette e ela fez igual, o quê fez ele iniciar um novo beijo.

Ela sorriu envergonhada e ele fez um carinho no seu queixo.

- Do mesmo jeito que eu fiz em você, fará em mim e isso são beijos de verdade.

Então foi dela a iniciativa de um novo beijo e quando ela começou a ter sintonia com a língua dele, sentiu um volume nas suas coxas.

- Depois que eu voltar da cidade, podemos jantar juntos?

- Sim.

Rodolffo deu um sorriso e Juliette também sorriu.

- Vem para o armazém... Assim temos privacidade. A Gerusa é muito curiosa.

- Eu posso ir.

- Hoje voltarei com boas notícias. Eu prometo.

Juliette segurou sua mão e lhe deu um beijo ali.

- Boa sorte.

Antes que ela fosse embora, Rodolffo lhe segurou pela cintura e lhe disse junto do ouvido.

- Põe aquela mesma camisola para mim hoje. Eu quero tanto te ver de novo nela e também sem ela.

Juliette sentiu um nervosismo, mas balançou positivamente com a cabeça.

...

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