Três horas depois, Marinette já estava entediada de jogar com Alya dentro da carruagem. Nenhum passatempo parecia suficiente para distraí-la daquilo que realmente a ocupava: Adrien.
A duquesa se remexia inquieta no assento, frustrada. Não conseguia tirar da cabeça a ideia de que Adrien deveria estar ali, ao seu lado, na carruagem, como seu marido — e não lá fora, como um soldado qualquer.
— Era para ele estar aqui comigo — resmungou para si mesma, cruzando os braços com irritação.
Marinette olhou pela janela, observando o cenário repetitivo de gramados altos e verdes que se estendiam até onde os olhos alcançavam. O silêncio e a monotonia da paisagem só aumentavam sua impaciência. Tudo parecia entediante, sem graça, e o fato de Adrien estar do lado de fora, cumprindo um dever que, na mente dela, poderia muito bem ser deixado para os guardas, só a deixava mais frustrada.
— Não tem nada mais chato que ficar olhando para grama — murmurou, batendo os dedos impacientemente no banco da carruagem.
De repente, a carruagem parou, e Marinette ouviu os soldados do lado de fora conversando sobre uma pausa. Adrien desceu do cavalo, esticou os braços e as pernas, visivelmente relaxado, antes de se aproximar da carruagem para verificar sua esposa.
— Está tudo bem aqui, senhoritas? — ele perguntou, abrindo a porta.
Alya assentiu educadamente, mas antes que Marinette pudesse se conter, soltou:
— Não! Minha bunda está doendo!
Adrien arregalou os olhos, surpreso, enquanto Alya disfarçava um riso, tentando manter a compostura. Marinette cruzou os braços e fez uma careta de frustração.
— O que foi? Você acha confortável ficar sentada por horas nessa coisa sacolejante? — continuou Marinette, sem pudor nas palavras. — Minhas costas estão me matando, e minha bunda está latejando como se eu tivesse cavalgado o dia inteiro!
Adrien riu, balançando a cabeça com a sinceridade dela, e abriu os braços.
— Vem... vamos caminhar um pouco.
Sem hesitar, Marinette praticamente se jogou nos braços do marido, aliviada por finalmente sair daquela carruagem. Ela o abraçou com força, como se estivesse esperando por aquele momento há horas, enquanto ele a segurava com firmeza, sorrindo diante da energia dela.
— Isso sim é o descanso que eu precisava — Marinette sussurrou com um sorriso travesso.
Adrien corou imediatamente. A ideia de ter uma esposa tão presente e afetuosa fazia o coração do guerreiro mais corajoso disparar. Mesmo após seis anos de casamento, ele ainda não tinha se acostumado com essa nova versão de Marinette, tão atenciosa e próxima. Ela era uma mulher bem diferente daquela que ele havia se casado no início, e isso mexia com ele de maneiras que ele nunca imaginou.
— Você sempre me surpreende... — Adrien murmurou, segurando-a mais firme, ainda maravilhado com o quanto ela havia mudado.
Ele a colocou delicadamente no chão, e Marinette fez uma careta, resmungando de leve.
— Eu estava tão confortável nos seus braços... — ela reclamou, cruzando os braços, com um leve bico nos lábios.
Adrien riu e bagunçou o cabelo dela com carinho.
Adrien riu e bagunçou o cabelo dela com carinho.
— Aproveita esse momento para beber água, comer alguma coisa... ou, quem sabe, ir... resolver suas necessidades, né? — Ele apontou com um sorriso tímido para os arbustos mais afastados.
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Segunda Chance
FantasyMarinette Agreste, uma jovem duquesa, se vê revivendo sua vida após uma morte trágica. Ao acordar, determinada a garantir a segurança de seu futuro e de seu território, ela decide que está pronta para ter um herdeiro. Essa decisão a leva a confront...