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Na manhã seguinte, Marinette acordou cedo e decidiu dar uma volta pelo convés do navio. Ao chegar lá, viu Nino e Félix conversando em voz baixa, com expressões divertidas.

— Cadê o Adrien? — perguntou, ainda com a voz sonolenta. — Ele ainda não acordou?

— Não, minha senhora… — Nino respondeu, segurando o riso.

— Está rindo de quê? — Marinette fechou a cara, com uma sobrancelha levantada. — Tem algo estranho no meu rosto?

— Não, duquesa… você continua sendo linda mesmo com essa cara amassada. — Nino disse, tentando conter a risada.

— Seu… — Marinette começou a dar um tapa em Nino, mas Félix a interrompeu com um gesto calmo.

— Espera! — disse ele. — Vai lá no quarto do Adrien e vê o motivo pelo qual a gente está rindo.

Marinette franziu a testa, intrigada.

— O que vocês querem dizer com isso? O que aconteceu com o Adrien?

Nino trocou um olhar cúmplice com Félix antes de dar uma risadinha.

— Você vai ter que descobrir sozinha, duquesa.

— Vocês são insuportáveis! — Marinette respondeu, mas a curiosidade logo a dominou. Ela decidiu que precisava saber o que estava acontecendo e começou a caminhar em direção ao quarto de Adrien.

Ao se aproximar da porta, Marinette ouviu uma mistura de roncos e resmungos vindos de dentro, o que a fez franzir a testa de curiosidade. Com um leve empurrão, ela abriu a porta e se deparou com uma cena inesperada: Adrien e Plagg dormindo agarradinhos, como dois gatinhos enroscados um no outro.

Ela não conseguiu conter o riso e soltou uma gargalhada alta, o que fez os dois despertarem num susto. Em um movimento desajeitado, se entrelaçaram ainda mais e acabaram caindo da cama juntos.

— Você me agarrou por trás de novo! — Adrien reclamou, o rosto tingido de um vermelho vivo, misturando raiva e embaraço.

— Eu te peguei?! Eu tenho cara de pegar macho, por acaso?! — Plagg retrucou, se levantando apressado e ajeitando suas roupas como se estivesse se preparando para um duelo.

Marinette estava dobrada de tanto rir, assistindo à cena com lágrimas nos olhos. A expressão incrédula de Adrien e o constrangimento de Plagg tornavam tudo ainda mais hilário.

— Ah, claro! Você ficou a noite toda abraçando minha cintura e resmungando “Tikki… ai, minha Tikki”. Quem é essa Tikki, hein, pra você ficar sonhando com ela? — Adrien esbravejou, os braços cruzados, a fisionomia impaciente.

Plagg ficou ainda mais vermelho, e seus olhos se arregalaram de vergonha.

— EU?! Eu nem conheço essa Tikki! — ele balbuciou, tentando se defender, enquanto olhava de um lado para o outro.

Marinette enxugou as lágrimas do rosto, ainda sorrindo.

— Que adorável! Vocês dormiram de conchinha e agora estão discutindo como um casal! Vou lembrar dessa cena pra sempre — ela disse, com um sorriso travesso.

Adrien lançou um olhar ainda mais irritado para Plagg, o rosto ainda vermelho.

— Plagg, por que você não foi dormir na sua própria cama? — perguntou Adrien, tentando manter a compostura.

Plagg deu de ombros, com uma expressão inocente que só aumentou a irritação de Adrien.

— Porque quis dormir com você! Eu senti sua falta! — Plagg respondeu, com um sorriso travesso, o que fez Marinette gargalhar ainda mais.

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