- confissão

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Duas semanas se passaram, e Adrien se sentia cada vez mais perdido em sua tristeza. Os dias se arrastavam, e a esperança parecia estar se esvaindo como a luz do dia ao entardecer. Rodolfo investigava meticulosamente cada pista, mas uma das coisas mais difíceis era encontrar testemunhas dispostas a falar.

Alya se aproximou, com uma expressão triste.

— A última vez que vi a duquesa foi durante o movimento nas ruas, a caminho da arena. Ela estava tão cheia de vida... — a voz dela falhou, lembrando-se do brilho nos olhos de Marinette.

Nino assentiu, confirmando o relato de Alya. 

— Sim, é verdade. Era como se ela estivesse cercada por uma aura de felicidade, mas isso foi antes de tudo isso acontecer. Não consigo acreditar que ela está desaparecida.

Adrien sentiu um nó se formar em seu estômago ao ouvir os amigos falarem sobre Marinette. A lembrança da alegria dela contrastava brutalmente com a dor que ele sentia agora. Ele olhou para Rodolfo, que anotava as informações com um semblante concentrado.

— Precisamos encontrar alguém que tenha visto algo mais. — Adrien disse, sua voz firme, embora a tristeza ainda pesasse em seu coração. — Mesmo que sejam pequenas pistas, elas podem nos levar a ela.

Rodolfo assentiu, olhando ao redor. 

— Vou interrogar os comerciantes e os frequentadores da arena. Alguém pode ter visto algo suspeito.

Alya e Nino trocaram um olhar decidido. 

— Nós também vamos ajudar. Não vamos desistir dela, Adrien. Não enquanto houver uma chance.

Determinado, os quatros se dirigiam ao vilarejo, onde interrogaram cada comerciante e plebeu que encontraram, perguntando se alguém havia testemunhado algo suspeito relacionado ao sequestro da duquesa. No entanto, as respostas eram sempre as mesmas: ninguém havia visto nada.

— A pessoa que planejou isso tem aliados poderosos... — Rodolfo pensou, sua mente trabalhando a mil por hora. — Charles não poderia ter feito isso sozinho. Ele precisou de alguém mais forte e inteligente para executar uma estratégia tão elaborada.

Era a primeira vez que Rodolfo se envolvia em uma investigação tão tensa, e a pressão aumentava a cada momento. Ele sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros, sabendo que cada segundo contava na busca por Marinette. 

— Precisamos encontrar uma pista que nos leve até ele, — Rodolfo acrescentou, determinado. — Mesmo que pareça impossível, temos que persistir.

Naquela noite, Rodolfo se sentou em sua mesa, cercado por papéis e anotações. A luz de uma lamparina tremulava, projetando sombras nas paredes enquanto ele organizava as informações em um quadro de madeira. Cada pista e cada detalhe estavam meticulosamente dispostos, formando uma rede intrincada de conexões.

Ele olhou para as anotações, sua mente fervilhando com perguntas. "Quem são os aliados de Charles?" Uma dúvida que o atormentava, então ele colou uma fita vermelha ao redor do nome de Charles no quadro, simbolizando a ligação entre eles. Em seguida, escreveu em letras grandes: "Onde está a duquesa?", sublinhando a pergunta com ênfase, como se isso pudesse invocar uma resposta.

Rodolfo respirou fundo, tentando reunir seus pensamentos. Ele não podia permitir que a incerteza o dominasse. Cada pista contava, cada fragmento de informação era crucial na busca pela verdade. Com determinação renovada, ele se comprometeu a não descansar até encontrar Marinette.

..

— Marinette... — Adrien sussurrou, segurando a pulseira de prata em suas mãos trêmulas. O metal frio refletia a luz fraca do quarto, mas não conseguia aquecer seu coração.

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