CAPÍTULO ONZE

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Este capítulo contém cenas sensíveis. Aconselho pular o cap caso não goste.

Caminhava pelo parque, aproveitando a brisa fresca da noite, quando um barulho chamou minha atenção. Algo caiu a poucos passos de mim e, ao me aproximar, vi que era uma bolinha. Curioso, estendi a mão para pegá-la. Assim que a segurei, um estouro repentino fez com que a bolinha explodisse em uma nuvem de fumaça azul.

Tosse involuntária escapou dos meus lábios enquanto o cheiro penetrante do lírio azul se espalhava pelo ar, invadindo minhas narinas. A fragrância era insuportável, como se uma névoa densa estivesse se infiltrando em meus pulmões, e uma onda de tontura começou a me envolver, ameaçando me deixar inconsciente. Desesperado, tentei afastar a fumaça, mas era como se ela estivesse grudada em mim, pesada e sufocante.

A fumaça azul parecia entrar em meus pulmões, pesada como chumbo. Meus músculos começaram a fraquejar, cada respiração se tornava mais difícil. Tentei dar um passo para trás, mas minhas pernas estavam trêmulas, meu corpo parecia não me obedecer mais.

O mundo à minha volta começou a girar, a escuridão tomando conta da minha visão periférica. Eu sabia que tinha que sair dali, mas não conseguia controlar meu corpo. A fumaça do lírio azul era implacável, e minhas forças se esvaíam rapidamente.

Tentei me segurar em uma árvore próxima, mas meus dedos escorregaram pela casca. Um gosto metálico subiu na minha boca enquanto meu coração disparava. A cada segundo, a inconsciência me puxava mais fundo.

- Caralho... - murmurei, tentando lutar contra o inevitável.

Mas era inútil. Meus joelhos cederam, e tudo que ouvi foi o som distante de alguém se aproximando antes de cair completamente no chão, a escuridão me engolindo.

A escuridão me envolveu por completo, como um mergulho profundo e sem fim. Não sei por quanto tempo fiquei assim, perdido nesse vazio. De repente, uma leve percepção começou a retornar, e com ela, uma dor aguda no peito, como se algo estivesse queimando por dentro. Minha cabeça latejava, e eu sentia um gosto amargo na boca, provavelmente resultado do maldito lírio azul.

Abri os olhos lentamente, piscando para afastar a visão turva. Tudo ao meu redor era confuso, mas logo percebi que não estava mais no parque. O teto acima de mim era de concreto, e o ar carregava um cheiro de mofo e sangue seco. Estava deitado em uma superfície fria, uma mesa ou algo do tipo.

Tentei me mover, mas meus braços estavam presos, algemados ao que parecia ser a borda da mesa. O som metálico das correntes me despertou por completo. Eu estava preso.

Antes que pudesse reagir, ouvi passos se aproximando. Eram leves, quase cuidadosos. Meu coração acelerou, e, em questão de segundos, uma figura apareceu à minha frente. Meus olhos demoraram um segundo para ajustar, mas quando focaram, meu estômago afundou.

Era Klaus.

Ele estava parado ali, os olhos fixos em mim com uma expressão mista de diversão e... algo mais sombrio.

- Finalmente acordou, gatinho - ele disse com um sorriso, segurando uma seringa em uma das mãos - Demorei tanto para te pegar sozinho assim.

Tentei puxar as correntes, mas a força ainda não havia voltado completamente ao meu corpo. Ele riu.

- Não adianta lutar - Klaus se aproximou, segurando meu rosto com a outra mão - Você sempre foi teimoso, mas agora... vai me ouvir.

Meus pensamentos estavam uma bagunça, a dor em minha cabeça piorava, mas havia algo mais ali... algo que Klaus sabia e eu ainda não entendia.

- Sabe... - ele me beijou - Você preso assim me deixa tão excitado...

- Cala a boca - murmurei - Seu filho da puta.

On You - NaruSasu *ABO*Onde histórias criam vida. Descubra agora